terça-feira, 27 de novembro de 2012

Coração X Cérebro


Ela andava tranquilamente pela rua, quando, do nada, o coração começou a bater extremamente rápido. O restante dor corpo se agitou, estavam todos alertas. O cérebro, indignado, pergunta:
- Coração, por que bates assim tão forte?
O coração responde:
- Pergunta para os olhos, ué.
- Olhos, o que vocês viram que fizeram o coração ficar assim?
Os olhos respondem:
- É aquele... Aquele garoto!
O coração disse:
-Ai meu Deus! Cabelo se ajeite, por favor. A senhora coluna poderia ficar reta? E lábios, fiquem bonitos...
As ordens continuaram e o cérebro, indignado disse:
- Ei, parem com isso! Ele não merece! Coração, ela vai se magoar de novo!
O coração irritado responde:
- Não, não vai. Esse garoto é diferente. Agora fique quieto e faça o seu trabalho! Ah, mande os pulmões se acalmarem, a respiração dela está difícil.
- Não há como eu mandar que façam isso, seus batimentos estão muito acelerados.
- Então me acalme, oras!
O cérebro se irritou, mas tomou uma atitude: fez com que a boca contasse tudo para outra amiga, que disse tudo o que o cérebro pensava. Mas o coração era teimoso, não queria ouvir e fazia de tudo para que o cérebro não o vencesse. Para isso, ele deixou com que os olhos enxergassem, mas que ficassem cegos ao verem a situação. Fez com que os ouvidos fossem tapados, mas deixou a boca continuar falando.
O coração era ruim, acabou fazendo com que da boca daquela moça só saísse a frase “sim, amor” e quando o cérebro percebeu, estava recebendo informações de “eu te amo” o tempo todo e logo se viu fazendo movimentos... Movimentos do tipo, tirar a roupa. O cérebro recebeu informações de um garoto nu e a sua menina nua também. O cérebro viu os dois em uma cama, e dentro do corpo, percebeu os hormônios loucos e o coração completamente cego de amor.
Triste, o coração desistiu e foi conversar com os neurônios:
- Somos fracos? – Perguntou o cérebro
-Não meu caro, o coração é, e vai ficar ainda pior quando acontecer o que nossas informações já processaram.
O coração estava nas nuvens, quando de repente percebe que os olhos mostraram a imagem de uma nova mensagem no celular da moça, que era do seu amor. Nela dizia:
“Desculpe, você não é o que eu esperava, foi bom o que passamos, mas estou terminando. Adeus”.
Esta simples mensagem fez o coração enlouquecer. Ele gritava com todo o restante do corpo:
- Olhos chorem! Cabelos se baguncem! Boca grite! Braços fiquem agoniados! Pernas caminhem de um lado ao outro! Cérebro fique confuso!
Todos obedeceram, exceto o cérebro. Ele disse:
- Confuso? Eu? Eu e os neurônios trabalhamos dia e noite para fazer com que você visse quem era aquele garoto de verdade. Tentamos várias vezes te mostrar a voz da amiga avisando o quanto a nossa menina sofreria. Por que não nos escuta? E o pior é que ela está mal e...
O sermão do cérebro continuou, porém o cérebro, muito esperto, enquanto brigava com o coração, mandou as pernas se levantarem e irem até perto do celular da moça, para que os braços o alcançassem e os dedos discassem o número de sua melhor amiga. Ela ligou e a amiga brigou com ela, mas depois a consolou. O coração se aconchegou e o cérebro comemorou, afinal, ele quem dava as ordens a partir daquele momento.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Que país é esse? Educação


Estamos em uma fase em que temos falar o que pensamos para melhorarmos (ou pelo menos tentarmos melhorar) e é isso que eu vou fazer.
Como todos sabem, estamos em crise em relação à educação brasileira. É horrível saber o quanto estamos atrasados por falta de educação. Todos sabem que a economia brasileira cresce de forma que realmente nos assusta, afinal, o crescimento é enorme. Tudo bem, o crescimento é grande, mas já parou pra pensar o quanto ele seria ainda maior caso tivéssemos uma educação decente?
Não me entendam mal. Educação decente é aquela em que alunos de escolas públicas não precisem de cotas para poder entrar em uma universidade. Não estou me colocando contra ou favor de cotas, afinal, confesso não ter lido muito sobre isso, mas o que quero dizer é que chegamos a um nível absurdo. Sou gaúcha e, como os gaúchos sabem, a universidade mais procurada do Rio Grande do Sul é a UFRGS, a qual tinha como objetivo permitir que as pessoas de baixa renda pudessem cursar uma faculdade. Eu disse que ERA o objetivo. Hoje em dia temos pessoas ditas “ricas” dentro desta universidade, afinal, apenas os inteligentes passam nessa prova. Errado. Quem passa no vestibular desta universidade são aqueles que tiveram um preparo maior e melhor, no caso, alunos que estudaram em escolas suficientemente boas, ou seja, escolas particulares. Sim, há escolas públicas boas ou alunos inteligentes, mas é injusto saber daquela maioria que deveria ter direitos iguais, mas não têm.
O que me deixa chateada é que eu sou apenas uma patricinha mimada que sonha em um dia este texto ser divulgado. Sou uma princesinha, filhinha de papai que estuda em um colégio de rico. É assim que me chamam. Pois bem, sou tão patricinha que estou denunciando algo que eu poderia simplesmente nem ligar, pois eu tenho condições de fazer cursos e etc. ao contrário de muitos jovens que não têm a metade de coisas que eu tenho. A “riquinha” está defendendo os “pobretões”. Linda essa sociedade. Fica perdendo tempo rotulando as pessoas e não se preocupa em melhorar algo que está bem errado. Tem tantos jovens “pobretões” que têm uma mente brilhante, mas desistem de reclamar, de fazer barulho, de exigir os seus direitos porque outra parte que simplesmente quer ficar rotulando não quer ajudar a reclamar por algo que deveria ter, mas não tem porque não corre atrás.
Infelizmente só professor fazer greve não basta, porque além do absurdo que é o salário do professor, ainda há problema de escola caindo aos pedaços, aluno pichando paredes e não podendo ser punido por que é “antiético”, livros que já foram usados por outros jovens, materiais escolares de pouca qualidade e outros vários problemas que não conheço, graças a Deus.
Perdoe-me, caro leitor, esqueci que vivemos no Brasil. Lembro-me como se fosse ontem de uma menina que resolveu tirar fotos dos problemas nas instalações da escola onde estudava e como eram as aulas. A garota postava as fotos e vídeos em uma rede social, mas os colegas zombavam dela. O problema foi resolvido e de uma hora pra outra ela virou heroína. Talvez isso aconteça comigo, mas eu não ligo, vivo em uma sociedade covarde e, quando alguém toma uma atitude, é tachado como “idiota”, fazer o quê?
Quero terminar este texto dando um recado àqueles que não querem mais uma educação assim: vão em frente, façam textos, movimentações na internet, protestos, façam projetos com seus professores, mostram que vocês são os cidadãos do futuro e que querem um Brasil diferente. E a vocês, que gostam tanto de dizer que não se importam, que dizem não querer saber de escola, e mais outras várias baboseiras, só tenho uma coisa a dizer: nos vemos no futuro. Aquele que lutou para ser alguém será o seu chefe, tudo porque achou que uma educação digna não faria diferença. Educação faz sim a diferença, e o povo brasileiro precisa entender isso. Chega de mulheres exibindo o corpo e homens só pensando no corpo delas, queremos pessoas inteligentes, que mudem e façam com que o Brasil se torne uma potência mundial. Isso é possível se tivermos uma EDUCAÇÃO DE QUALIDADE.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Realidade e sociedade: Desabafo


Confesso que fiquei bastante surpresa com certas coisas que andaram acontecendo ultimamente. Este é o primeiro texto que vou falar um pouco de mim e da minha visão sobre o que está acontecendo à minha volta.
 Desde a 6ª série, confesso que menti um pouco sobre algo que nunca tinha acontecido comigo: a tal coisa que se chama “ficar”. Eu disse que tinha ficado com um garoto, mas não, não fiquei. Minha mãe sempre foi muito objetiva e, quando eu ia a alguma festa, saía com os amigos e etc. ela deixava bem claro que não queria saber de eu “ficando” com ninguém. Eu cresci tendo o conhecimento da frase “Manda quem pode, obedece quem tem juízo” Então eu sempre a obedeci. O tempo passou e eu sempre respeitei as ordens dela, até chegar à idade que tenho hoje, 13 anos. Sim, perdi o “bv” com 13 anos. Velha pra minha idade, talvez. Ok, eu assumo, é tarde. Pelo menos pelos dias de hoje, é tarde.
Eu realmente não entendia aquelas garotas que diziam que estavam necessitadas de beijo e que queriam um namorado, isso com uns 11 ou 12 anos. Hoje em dia as frases mudaram: elas se gabam porque bebem muito, porque vão em festas, e que, popularmente falando, “dão” pro namorado aos 13 anos de idade. Não estou descriminando aquelas que acham estarem prontas assim, tão novas. Respeito, se elas acham que é o certo e que a família não veria problema, vá fundo. Não vejo problemas nisso, não vejo problema mesmo. O problema está na pressão. Lá no inicio eu comentei que menti não ser mais “bv” aos 11 anos e isso porque eu era motivo de piada. Sim, se você é “bv” aos 11 anos, você é a piada da turma. Quer dizer então que se eu optasse em, por exemplo, me casar virgem, seria mais uma vez motivo de piada?
Eu realmente não entendo a sociedade. Se você aos 11 anos já está indo em festas e está “ficando” com vários você é (desculpe o vocabulário) puta. Se você beija pela primeira vez aos 13 anos é santinha ou atrasada. Não entendo também a frase escutei desde a 5ª série: “Os garotos querem tirar a virgindade de todas, mas querem casar com uma virgem”. Como assim? Se há resposta pra isso, não quero saber. Provavelmente já uma justificativa bastante ridícula pra me fazer ficar ainda mais brava.
Alguns me chamarão de machista, mas confesso estar realmente brava com as mulheres de hoje em dia. Minha mãe e minha avó contam histórias de homens e suas atitudes e realmente não se diferem dos dias de hoje, mas elas contam das atitudes das mulheres para fazer com que aquele garoto a respeitassem e é então que eu vejo a mudança de tempos. Tempos em que a garota aceitar ter relações com o garoto sem camisinha porque ele diz que é melhor se não usarem. Tempos em que vemos garotas postando em redes sócias a sua vida, dizendo que o namorado terminou e etc. Vivemos em um tempo que a garota conhece um garoto “fofo” e se apaixona, mas esquece de perceber que ele está sendo fofo com outras várias garotas.
Desculpe. É que estou um pouco irritada. Eu estou percebendo as coisas e as pessoas me tacham como “fria”, “durona” e até mesmo “insensível”. Talvez eu seja mesmo. Mas talvez eu seja uma pessoa realista e revoltada com o mundo e como eu não gosto de briga, fiz esse texto. Quem se identificar, legal. Que não se identificar, fazer o quê? Quem não leu pelo tamanho do texto, que pena. Às vezes é bom ler coisas pra fazermos críticas, mas de preferência, críticas inteligentes, por favor. A princípio é isso.
                                                                                                                                         - Brenda Wetter