Estamos em uma fase em que temos falar o que pensamos para
melhorarmos (ou pelo menos tentarmos melhorar) e é isso que eu vou fazer.
Como todos sabem, estamos em crise em relação à educação
brasileira. É horrível saber o quanto estamos atrasados por falta de educação.
Todos sabem que a economia brasileira cresce de forma que realmente nos
assusta, afinal, o crescimento é enorme. Tudo bem, o crescimento é grande, mas
já parou pra pensar o quanto ele seria ainda maior caso tivéssemos uma educação
decente?
Não me entendam mal. Educação decente é aquela em que alunos
de escolas públicas não precisem de cotas para poder entrar em uma
universidade. Não estou me colocando contra ou favor de cotas, afinal, confesso
não ter lido muito sobre isso, mas o que quero dizer é que chegamos a um nível
absurdo. Sou gaúcha e, como os gaúchos sabem, a universidade mais procurada do
Rio Grande do Sul é a UFRGS, a qual tinha como objetivo permitir que as pessoas
de baixa renda pudessem cursar uma faculdade. Eu disse que ERA o objetivo. Hoje
em dia temos pessoas ditas “ricas” dentro desta universidade, afinal, apenas os
inteligentes passam nessa prova. Errado. Quem passa no vestibular desta
universidade são aqueles que tiveram um preparo maior e melhor, no caso, alunos
que estudaram em escolas suficientemente boas, ou seja, escolas particulares. Sim,
há escolas públicas boas ou alunos inteligentes, mas é injusto saber daquela
maioria que deveria ter direitos iguais, mas não têm.
O que me deixa chateada é que eu sou apenas uma patricinha
mimada que sonha em um dia este texto ser divulgado. Sou uma princesinha,
filhinha de papai que estuda em um colégio de rico. É assim que me chamam. Pois
bem, sou tão patricinha que estou denunciando algo que eu poderia simplesmente
nem ligar, pois eu tenho condições de fazer cursos e etc. ao contrário de
muitos jovens que não têm a metade de coisas que eu tenho. A “riquinha” está
defendendo os “pobretões”. Linda essa sociedade. Fica perdendo tempo rotulando
as pessoas e não se preocupa em melhorar algo que está bem errado. Tem tantos
jovens “pobretões” que têm uma mente brilhante, mas desistem de reclamar, de
fazer barulho, de exigir os seus direitos porque outra parte que simplesmente
quer ficar rotulando não quer ajudar a reclamar por algo que deveria ter, mas
não tem porque não corre atrás.
Infelizmente só professor fazer greve não basta, porque além
do absurdo que é o salário do professor, ainda há problema de escola caindo aos
pedaços, aluno pichando paredes e não podendo ser punido por que é “antiético”,
livros que já foram usados por outros jovens, materiais escolares de pouca
qualidade e outros vários problemas que não conheço, graças a Deus.
Perdoe-me, caro leitor, esqueci que vivemos no Brasil.
Lembro-me como se fosse ontem de uma menina que resolveu tirar fotos dos
problemas nas instalações da escola onde estudava e como eram as aulas. A garota
postava as fotos e vídeos em uma rede social, mas os colegas zombavam dela. O problema
foi resolvido e de uma hora pra outra ela virou heroína. Talvez isso aconteça
comigo, mas eu não ligo, vivo em uma sociedade covarde e, quando alguém toma
uma atitude, é tachado como “idiota”, fazer o quê?
Quero terminar este texto dando um recado àqueles que não
querem mais uma educação assim: vão em frente, façam textos, movimentações na
internet, protestos, façam projetos com seus professores, mostram que vocês são
os cidadãos do futuro e que querem um Brasil diferente. E a vocês, que gostam
tanto de dizer que não se importam, que dizem não querer saber de escola, e
mais outras várias baboseiras, só tenho uma coisa a dizer: nos vemos no futuro.
Aquele que lutou para ser alguém será o seu chefe, tudo porque achou que uma
educação digna não faria diferença. Educação faz sim a diferença, e o povo
brasileiro precisa entender isso. Chega de mulheres exibindo o corpo e homens
só pensando no corpo delas, queremos pessoas inteligentes, que mudem e façam com
que o Brasil se torne uma potência mundial. Isso é possível se tivermos uma
EDUCAÇÃO DE QUALIDADE.
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