Liana e Diana eram irmãs gêmeas. Fisicamente, as duas eram iguais,
mas o jeito de uma era completamente diferente da outra. Liana era estudiosa,
responsável e muito, mas muito apegada à família. Diana era festeira, a cada
semana aparecia com um garoto diferente e eram raríssimas as vezes que ela
ficava em casa. Diana também era um tanto irresponsável e sua
irresponsabilidade fez com que ela engravidasse aos 18 anos.
No dia 08/11/99
Thomas nasceu. Ele nasceu sem pai, pois Diana não sabia quem era o pai de seu
filho, já que ela engravidou de um cara em uma festa e, como estava
completamente bêbada, não teve condições de lembrar quem foi o homem que a
engravidou.
O tempo passou. O
pequeno Thomas cresceu e, aos 5 anos, era um menino normal, cheio de saúde e
muito inteligente. A avó dele, Dona Alzira, achava que era importante que ele
fosse tão apegado à família quanto à tia e então desde cedo o acostumou com o
lar e com as três mulheres que ocupavam a sua casa (O avô de Thomas já era
falecido, ficando apenas Dona Alzira e suas filhas em casa).
Diana se
aproveitava da situação. Usava como desculpa que era bem ele se apegar também
ao restante da família sem a presença dela. Então, chegavam os convites para
festas e lá ia Diana, deixando o filho aos cuidados de sua mãe e de sua irmã. A
falta de presença dela na casa fez com que esquecesse o problema de coração que
sofria Dona Alzira, que um dia veio a falecer de um ataque cardíaco.
Mesmo com a triste
situação, Diana continuava saindo e deixando seu filho com sua irmã e, depois
de uma noite de bebedeiras, ela pegou o carro e, ao voltar pra casa perdeu o
controle do carro e sofreu um grave acidente. Diana não resistiu e morreu.
Liana ficou
responsável por cuidar de Thomas. O menino estava revoltado com a situação.
Ora, ele havia perdido a mãe e a avó no mesmo ano. Liana, inconformada com os
atos de rebeldia do garoto tomou uma atitude. Sentou com o menino e disse:
-Thomas, o que
você acha de fazer catequese?
-Nunca!
-Por quê?
-Porque não quero!
-Ah, vamos lá! Eu
tenho certeza que você vai amar.
Depois de muita
insistência lá foi o garoto fazer a tal de catequese. No começo ele odiou, mas
depois a sua opinião mudou. Mudou muito mais quando, em um encontro, se falou
sobre família.
-A gente deve
sempre respeitar e amar aqueles que nos criam. Tem gente que a mãe ou o pai não
são nossos pais de sangue, mas por ser quem nos criam quem nos dão amor,
devemos dar o nosso melhor, até porque eles dão o máximo de si para que vocês
tenham uma vida maravilhosa...
O discurso da
catequista continuou, mas essa parte ficou gravada na mente de Thomas. Ele
percebeu o quão injusto estava sendo com a tia, pois ela, que poderia colocá-lo
num orfanato, mas não, ela ficou com ele e se dedicou tanto e ele retribuía com
rebeldia.
Thomas voltou pra
casa, deu um beijo e um abraço na tia e foi dormir.
Ele cresceu e aos
poucos ia chamando Liana de mãe. Ela realizou o sonho de ser uma juíza de
sucesso e criou Thomas com todo o amor possível.
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