quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Contos sobre Mães: A tia que é mãe.


Liana e Diana eram irmãs gêmeas. Fisicamente, as duas eram iguais, mas o jeito de uma era completamente diferente da outra. Liana era estudiosa, responsável e muito, mas muito apegada à família. Diana era festeira, a cada semana aparecia com um garoto diferente e eram raríssimas as vezes que ela ficava em casa. Diana também era um tanto irresponsável e sua irresponsabilidade fez com que ela engravidasse aos 18 anos.
No dia 08/11/99 Thomas nasceu. Ele nasceu sem pai, pois Diana não sabia quem era o pai de seu filho, já que ela engravidou de um cara em uma festa e, como estava completamente bêbada, não teve condições de lembrar quem foi o homem que a engravidou.
O tempo passou. O pequeno Thomas cresceu e, aos 5 anos, era um menino normal, cheio de saúde e muito inteligente. A avó dele, Dona Alzira, achava que era importante que ele fosse tão apegado à família quanto à tia e então desde cedo o acostumou com o lar e com as três mulheres que ocupavam a sua casa (O avô de Thomas já era falecido, ficando apenas Dona Alzira e suas filhas em casa).
Diana se aproveitava da situação. Usava como desculpa que era bem ele se apegar também ao restante da família sem a presença dela. Então, chegavam os convites para festas e lá ia Diana, deixando o filho aos cuidados de sua mãe e de sua irmã. A falta de presença dela na casa fez com que esquecesse o problema de coração que sofria Dona Alzira, que um dia veio a falecer de um ataque cardíaco.
Mesmo com a triste situação, Diana continuava saindo e deixando seu filho com sua irmã e, depois de uma noite de bebedeiras, ela pegou o carro e, ao voltar pra casa perdeu o controle do carro e sofreu um grave acidente. Diana não resistiu e morreu.
Liana ficou responsável por cuidar de Thomas. O menino estava revoltado com a situação. Ora, ele havia perdido a mãe e a avó no mesmo ano. Liana, inconformada com os atos de rebeldia do garoto tomou uma atitude. Sentou com o menino e disse:
-Thomas, o que você acha de fazer catequese?
-Nunca!
-Por quê?
-Porque não quero!
-Ah, vamos lá! Eu tenho certeza que você vai amar.
Depois de muita insistência lá foi o garoto fazer a tal de catequese. No começo ele odiou, mas depois a sua opinião mudou. Mudou muito mais quando, em um encontro, se falou sobre família.
-A gente deve sempre respeitar e amar aqueles que nos criam. Tem gente que a mãe ou o pai não são nossos pais de sangue, mas por ser quem nos criam quem nos dão amor, devemos dar o nosso melhor, até porque eles dão o máximo de si para que vocês tenham uma vida maravilhosa...
O discurso da catequista continuou, mas essa parte ficou gravada na mente de Thomas. Ele percebeu o quão injusto estava sendo com a tia, pois ela, que poderia colocá-lo num orfanato, mas não, ela ficou com ele e se dedicou tanto e ele retribuía com rebeldia.
Thomas voltou pra casa, deu um beijo e um abraço na tia e foi dormir.
Ele cresceu e aos poucos ia chamando Liana de mãe. Ela realizou o sonho de ser uma juíza de sucesso e criou Thomas com todo o amor possível.

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