segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Histórias frustradas de amor: Frustração dupla

Era uma vez uma linda princesa chamada Talita que sonhava em encontrar um lindo príncipe encantado, casar com ele e ser feliz para sempre. O sonho da Talita era esse, achar um príncipe encantado, perfeito, maravilhoso, que amasse ela acima de tudo. E ela achou encontrou um garoto assim, Carlos: ele era fofo, meigo, sempre mandava mensagens e ligava perguntando como ela estava se precisava de algo, era um amigo presente em sua vida e muito mais elogios que eu, Inácio, não tenho tempo e nem paciência de contar.
Sim, eu gosto da Talita. Enfim, ela gostava muito dele. Os dois estavam sempre juntos: iam ao shopping juntos, ele escolhia as roupas junto com ela, conversava com ela sobre tudo o que ela quisesse (tudo MESMO) e mais e mais coisas. Eu sou o contrário: gostamos de jogar futebol, mas gostamos de dar atenção às nossas garotas, mas com liberdade. Sempre fomos machos sem deixar de ser fofos, mas ela não percebia isso.
Era o aniversário de 15 anos de uma amiga e eu pensei que aquela seria a chance de ficar com ela e mostrar a ela o que eu sentia por ela, só que Tati queria ficar com o Carlos pra mostrar suas reais intenções e o Carlos eu não sei se queria ficar com ela, mas na festa fiquei sabendo. Aconteceu toda a cerimônia e chegou a hora da balada e todo mundo foi pra pista de dança. Eu me mantinha ali, perto dela, só cuidando se não iria vir outro cara pra cima dela.
A gente dançava e conversava, mas a Talita não olhava pra mim, só procurava pelo Carlos. Começou uma música mais romântica e eu pensei: "agora vai". Não foi. Ela não prestava atenção em mim e isso já estava me irritando. Quando eu ia dizer pra ela o que eu sentia ela arregalou os olhos e disse:
-Meu... Deus...
-Que foi?
-Olha o Carlos...
Quando olhei pra mesma direção eu vi que o cara estava aos beijos com outro garoto da turma num canto da festa. Sim, ele era gay. Eu acho o Carlos legal, mas eu sempre suspeitei da possibilidade de ele ser gay. Aproveitei e vi que era a minha chance. Cheguei ao pé do ouvido dela e disse:
-Tali, eu sempre gostei de você. Eu só nunca tentei nada porque achei que você e o Carlos tinham alguma coisa e...
-Mas eu queria que eu e ele estivéssemos juntos. Ele é um príncipe.
-E eu posso ser um se você me der chance.
-Não tem essa de chance. Inácio, você não é um príncipe, só o Carlos é, só o Carlos.
Eu juro, a garota saiu do salão batendo perna e foi embora. A sorte dela foi que aquela festa foi em Janeiro e já não tinham mais aulas, aí ela saiu do colégio e eu nunca mais vi ela. Eu também dei sorte. Eu pensei: "Ok, se ela saiu da escola por causa disso, é porque é boba". Se é ou não, eu não sei, só sei que nunca mais vi a garota e o Carlos agora namora com um garoto que eu não conheço.
Moral da história: não tem moral. Se tiver, comenta aí.

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