Bom, eu não aguento e tenho que falar um pouco sobre o suposto "fim do mundo no dia 21/12/12". Eu postei acho que umas duas vezes aquele trecho da Bíblia que é deixado bem claro que apenas Deus saberá quando ocorrerá o fim do mundo. Confesso que me irritei muitas vezes quando traziam à tona este bendito assunto.
Isto parece fazer parte do ser humano: querer prever coisas imprevisíveis, quer dizer, tudo bem, acredite no que quiser, tenha fé no que optar, porém eu deixo a pergunta: será que você tem bons motivos para acreditar no que acredita? Eu acredito em Deus, porque acho que muitas coisas que aconteceram na minha vida e na vida de meus familiares só pode ter sido um milagre. Eu aqui tive um fundamento. Agora pergunto àqueles que acreditavam no fim do mundo: qual foi o fundamento de tal teoria? Até agora que usei como argumentos o fato de eu não acreditar nisso a Palavra de Deus, que está expressa na Bíblia. A quem não acredita no Livro Sagrado, fazer o que? Eu acredito e usei isto como argumento, mas até hoje ninguém que acreditava no fim do mundo me disse concretamente o por quê de tal teoria.
Se você que está lendo isso um dia acreditou no 21/12/12 desculpe as piadas, os xingamentos e etc. mas olhe em volta, o mundo não acabou...
"Mas ninguém sabe nem o dia nem a hora em que tudo isso vai acontecer, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai."
Será que este pequeno trecho, que fala tanto mas parece que poucos entendem, não se aplica ao fim do mundo na virada do ano de 2000? E ao 06/06/06?
O problema do ser humano é que ele perde tempo pensando em coisas que realmente não se podem definir e não pensa que o mundo está acabando agora, estava acabando em 2000, no 06/06/06, estará acabando amanhã, pois nós, pessoas, estamos acabando com ele. O mundo pode acabar agora, dia 22 de dezembro de 2012 porque Deus quis, porque Ele talvez pensou que o ser humano não tem mais salvação e que é hora de reconstruir tudo. Ou talvez o mundo acabe daqui a milhões, bilhões de anos, porque Deus quis. Talvez Ele pense que o ser humano merece uma nova chance.
Então meus caros, pensem, não dói e é de graça.
Brenda Wetter Ipê da Silva - 22/12/12 - 00:50
Se copiar, favor colocar os créditos.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Coração X Cérebro
Ela andava tranquilamente pela rua, quando, do nada, o
coração começou a bater extremamente rápido. O restante dor corpo se agitou,
estavam todos alertas. O cérebro, indignado, pergunta:
- Coração, por que bates assim tão forte?
O coração responde:
- Pergunta para os olhos, ué.
- Olhos, o que vocês viram que fizeram o coração ficar
assim?
Os olhos respondem:
- É aquele... Aquele garoto!
O coração disse:
-Ai meu Deus! Cabelo se ajeite, por favor. A senhora coluna
poderia ficar reta? E lábios, fiquem bonitos...
As ordens continuaram e o cérebro, indignado disse:
- Ei, parem com isso! Ele não merece! Coração, ela vai se
magoar de novo!
O coração irritado responde:
- Não, não vai. Esse garoto é diferente. Agora fique quieto
e faça o seu trabalho! Ah, mande os pulmões se acalmarem, a respiração dela
está difícil.
- Não há como eu mandar que façam isso, seus batimentos
estão muito acelerados.
- Então me acalme, oras!
O cérebro se irritou, mas tomou uma atitude: fez com que a
boca contasse tudo para outra amiga, que disse tudo o que o cérebro pensava. Mas
o coração era teimoso, não queria ouvir e fazia de tudo para que o cérebro não o
vencesse. Para isso, ele deixou com que os olhos enxergassem, mas que ficassem
cegos ao verem a situação. Fez com que os ouvidos fossem tapados, mas deixou a
boca continuar falando.
O coração era ruim, acabou fazendo com que da boca daquela
moça só saísse a frase “sim, amor” e quando o cérebro percebeu, estava
recebendo informações de “eu te amo” o tempo todo e logo se viu fazendo movimentos...
Movimentos do tipo, tirar a roupa. O cérebro recebeu informações de um garoto
nu e a sua menina nua também. O cérebro viu os dois em uma cama, e dentro do corpo,
percebeu os hormônios loucos e o coração completamente cego de amor.
Triste, o coração desistiu e foi conversar com os neurônios:
- Somos fracos? – Perguntou o cérebro
-Não meu caro, o coração é, e vai ficar ainda pior quando
acontecer o que nossas informações já processaram.
O coração estava nas nuvens, quando de repente percebe que
os olhos mostraram a imagem de uma nova mensagem no celular da moça, que era do
seu amor. Nela dizia:
“Desculpe, você não é o que eu esperava, foi bom o que
passamos, mas estou terminando. Adeus”.
Esta simples mensagem fez o coração enlouquecer. Ele gritava
com todo o restante do corpo:
- Olhos chorem! Cabelos se baguncem! Boca grite! Braços
fiquem agoniados! Pernas caminhem de um lado ao outro! Cérebro fique confuso!
Todos obedeceram, exceto o cérebro. Ele disse:
- Confuso? Eu? Eu e os neurônios trabalhamos dia e noite
para fazer com que você visse quem era aquele garoto de verdade. Tentamos
várias vezes te mostrar a voz da amiga avisando o quanto a nossa menina
sofreria. Por que não nos escuta? E o pior é que ela está mal e...
O sermão do cérebro continuou, porém o cérebro, muito
esperto, enquanto brigava com o coração, mandou as pernas se levantarem e irem
até perto do celular da moça, para que os braços o alcançassem e os dedos
discassem o número de sua melhor amiga. Ela ligou e a amiga brigou com ela, mas
depois a consolou. O coração se aconchegou e o cérebro comemorou, afinal, ele
quem dava as ordens a partir daquele momento.
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Que país é esse? Educação
Estamos em uma fase em que temos falar o que pensamos para
melhorarmos (ou pelo menos tentarmos melhorar) e é isso que eu vou fazer.
Como todos sabem, estamos em crise em relação à educação
brasileira. É horrível saber o quanto estamos atrasados por falta de educação.
Todos sabem que a economia brasileira cresce de forma que realmente nos
assusta, afinal, o crescimento é enorme. Tudo bem, o crescimento é grande, mas
já parou pra pensar o quanto ele seria ainda maior caso tivéssemos uma educação
decente?
Não me entendam mal. Educação decente é aquela em que alunos
de escolas públicas não precisem de cotas para poder entrar em uma
universidade. Não estou me colocando contra ou favor de cotas, afinal, confesso
não ter lido muito sobre isso, mas o que quero dizer é que chegamos a um nível
absurdo. Sou gaúcha e, como os gaúchos sabem, a universidade mais procurada do
Rio Grande do Sul é a UFRGS, a qual tinha como objetivo permitir que as pessoas
de baixa renda pudessem cursar uma faculdade. Eu disse que ERA o objetivo. Hoje
em dia temos pessoas ditas “ricas” dentro desta universidade, afinal, apenas os
inteligentes passam nessa prova. Errado. Quem passa no vestibular desta
universidade são aqueles que tiveram um preparo maior e melhor, no caso, alunos
que estudaram em escolas suficientemente boas, ou seja, escolas particulares. Sim,
há escolas públicas boas ou alunos inteligentes, mas é injusto saber daquela
maioria que deveria ter direitos iguais, mas não têm.
O que me deixa chateada é que eu sou apenas uma patricinha
mimada que sonha em um dia este texto ser divulgado. Sou uma princesinha,
filhinha de papai que estuda em um colégio de rico. É assim que me chamam. Pois
bem, sou tão patricinha que estou denunciando algo que eu poderia simplesmente
nem ligar, pois eu tenho condições de fazer cursos e etc. ao contrário de
muitos jovens que não têm a metade de coisas que eu tenho. A “riquinha” está
defendendo os “pobretões”. Linda essa sociedade. Fica perdendo tempo rotulando
as pessoas e não se preocupa em melhorar algo que está bem errado. Tem tantos
jovens “pobretões” que têm uma mente brilhante, mas desistem de reclamar, de
fazer barulho, de exigir os seus direitos porque outra parte que simplesmente
quer ficar rotulando não quer ajudar a reclamar por algo que deveria ter, mas
não tem porque não corre atrás.
Infelizmente só professor fazer greve não basta, porque além
do absurdo que é o salário do professor, ainda há problema de escola caindo aos
pedaços, aluno pichando paredes e não podendo ser punido por que é “antiético”,
livros que já foram usados por outros jovens, materiais escolares de pouca
qualidade e outros vários problemas que não conheço, graças a Deus.
Perdoe-me, caro leitor, esqueci que vivemos no Brasil.
Lembro-me como se fosse ontem de uma menina que resolveu tirar fotos dos
problemas nas instalações da escola onde estudava e como eram as aulas. A garota
postava as fotos e vídeos em uma rede social, mas os colegas zombavam dela. O problema
foi resolvido e de uma hora pra outra ela virou heroína. Talvez isso aconteça
comigo, mas eu não ligo, vivo em uma sociedade covarde e, quando alguém toma
uma atitude, é tachado como “idiota”, fazer o quê?
Quero terminar este texto dando um recado àqueles que não
querem mais uma educação assim: vão em frente, façam textos, movimentações na
internet, protestos, façam projetos com seus professores, mostram que vocês são
os cidadãos do futuro e que querem um Brasil diferente. E a vocês, que gostam
tanto de dizer que não se importam, que dizem não querer saber de escola, e
mais outras várias baboseiras, só tenho uma coisa a dizer: nos vemos no futuro.
Aquele que lutou para ser alguém será o seu chefe, tudo porque achou que uma
educação digna não faria diferença. Educação faz sim a diferença, e o povo
brasileiro precisa entender isso. Chega de mulheres exibindo o corpo e homens
só pensando no corpo delas, queremos pessoas inteligentes, que mudem e façam com
que o Brasil se torne uma potência mundial. Isso é possível se tivermos uma
EDUCAÇÃO DE QUALIDADE.
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Realidade e sociedade: Desabafo
Confesso que fiquei bastante surpresa com certas coisas que
andaram acontecendo ultimamente. Este é o primeiro texto que vou falar um pouco
de mim e da minha visão sobre o que está acontecendo à minha volta.
Desde a 6ª série,
confesso que menti um pouco sobre algo que nunca tinha acontecido comigo: a tal
coisa que se chama “ficar”. Eu disse que tinha ficado com um garoto, mas não,
não fiquei. Minha mãe sempre foi muito objetiva e, quando eu ia a alguma festa,
saía com os amigos e etc. ela deixava bem claro que não queria saber de eu “ficando”
com ninguém. Eu cresci tendo o conhecimento da frase “Manda quem pode, obedece
quem tem juízo” Então eu sempre a obedeci. O tempo passou e eu sempre respeitei
as ordens dela, até chegar à idade que tenho hoje, 13 anos. Sim, perdi o “bv”
com 13 anos. Velha pra minha idade, talvez. Ok, eu assumo, é tarde. Pelo menos
pelos dias de hoje, é tarde.
Eu realmente não entendia aquelas garotas que diziam que
estavam necessitadas de beijo e que queriam um namorado, isso com uns 11 ou 12
anos. Hoje em dia as frases mudaram: elas se gabam porque bebem muito, porque
vão em festas, e que, popularmente falando, “dão” pro namorado aos 13 anos de
idade. Não estou descriminando aquelas que acham estarem prontas assim, tão novas.
Respeito, se elas acham que é o certo e que a família não veria problema, vá
fundo. Não vejo problemas nisso, não vejo problema mesmo. O problema está na
pressão. Lá no inicio eu comentei que menti não ser mais “bv” aos 11 anos e
isso porque eu era motivo de piada. Sim, se você é “bv” aos 11 anos, você é a
piada da turma. Quer dizer então que se eu optasse em, por exemplo, me casar
virgem, seria mais uma vez motivo de piada?
Eu realmente não entendo a sociedade. Se você aos 11 anos já
está indo em festas e está “ficando” com vários você é (desculpe o vocabulário)
puta. Se você beija pela primeira vez aos 13 anos é santinha ou atrasada. Não entendo
também a frase escutei desde a 5ª série: “Os garotos querem tirar a virgindade
de todas, mas querem casar com uma virgem”. Como assim? Se há resposta pra
isso, não quero saber. Provavelmente já uma justificativa bastante ridícula pra
me fazer ficar ainda mais brava.
Alguns me chamarão de machista, mas confesso estar realmente
brava com as mulheres de hoje em dia. Minha mãe e minha avó contam histórias de
homens e suas atitudes e realmente não se diferem dos dias de hoje, mas elas
contam das atitudes das mulheres para fazer com que aquele garoto a
respeitassem e é então que eu vejo a mudança de tempos. Tempos em que a garota
aceitar ter relações com o garoto sem camisinha porque ele diz que é melhor se
não usarem. Tempos em que vemos garotas postando em redes sócias a sua vida,
dizendo que o namorado terminou e etc. Vivemos em um tempo que a garota conhece
um garoto “fofo” e se apaixona, mas esquece de perceber que ele está sendo fofo
com outras várias garotas.
Desculpe. É que estou um pouco irritada. Eu estou percebendo
as coisas e as pessoas me tacham como “fria”, “durona” e até mesmo “insensível”.
Talvez eu seja mesmo. Mas talvez eu seja uma pessoa realista e revoltada com o
mundo e como eu não gosto de briga, fiz esse texto. Quem se identificar, legal.
Que não se identificar, fazer o quê? Quem não leu pelo tamanho do texto, que
pena. Às vezes é bom ler coisas pra fazermos críticas, mas de preferência, críticas
inteligentes, por favor. A princípio é isso.
- Brenda Wetter
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Realidade e sociedade: Duas grávidas em uma só
-Meninas! Estão sabendo?
-Sabendo o que?
-A Elisa tá
grávida!
-A Elisa? Não
creio! Nossa, jurei que ela não era dessas.
-Eu também pensei
isso, mas quando eu ouvi ela e a Clara conversando vi que ela é uma vadia.
-O que elas
falaram?
-Eu só ouvi um
pouco... Ela disse assim: "O problema é que meu filho não vai ter
pai." aí a Clara disse: "Ah é verdade né? Você não sabe quem é e
nem tem como saber." aí a Elisa disse: "Não..." aí ela começou a
chorar e eu saí.
-Ai meu Deus!
Então ela é uma vadia mesmo.
-Com certeza.
Aposto que ela fez esse filho quando estava numa festa, completamente bêbada e
deu pra um qualquer.
-Gente, para tudo!
Foi assim que a Márcia ficou grávida, lembram?
-Verdade... Ai
credo, nessa cidade só tem vadia.
-Tá, mas olha só,
eu contei pra vocês, mas vocês não podem contar pra ninguém, tá?
-Claro amiga,
segredo!
Uma semana depois
a cidade toda estava sabendo que Elisa estava grávida, que havia bebido muito
numa festa e que o pai era um qualquer desconhecido.
Quando a história
chegou aos ouvidos de Elisa, ela chorou e sofreu, afinal, a história não foi
bem assim. Aqui está a conversa toda de Elisa e a amiga Clara:
-Clara... Eu to
grávida. (choro) Aquele infeliz que me estuprou me engravidou mesmo...
-Amiga, você foi
estuprada, tem direito a abortar.
-Não quero, não
vou tirar meu filho de mim, não mesmo.
-Tudo bem, minha
flor. Já contou pro seus pais?
-Já.
-E eles?
-Graças a Deus
entenderam e aceitaram a minha decisão. O problema é que meu filho não vai
ter pai.
-Ah é verdade né?
Você não sabe quem é e nem tem como saber.
-Não... (choro
desesperado)
-Amiga, calma, eu
to aqui, tá? Se você precisar, já sabe, conta comigo. Agora deixa eu te levar
pra casa.
Bom, deu pra
entender que a nossa sociedade não confunde as coisas, mas sim, cria histórias
que deem mais ibope. Quer um exemplo? Chamar a garota de coitada por ter sido
estuprada não é tão legal quanto citar uma lista de xingamentos por ela ter
engravidado de alguém.
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Realidade e sociedade: Os "por que" da santinha
Era festa de 15 anos da Bruna, todo o pessoal do colégio estava lá. Os
convidados foram chegando e depois de um tempo, Luciana chegou e se sentou ao
lado das amigas. Luciana era alta, tinha lindas pernas, uma cintura fina, era
negra de olhos verdes. Os cachos em seus cabelos dançavam quando ela caminhava,
seu sorriso era lindo e sua boca grossa fazia daquela garota de 14 anos uma
menina especial.
Por mais que fosse uma menina adorável, doce, simpática, divertida e
outras várias características, ela era motivo de piada entre os seus
"amigos". Eles não acreditavam que uma garota daquelas era virgem e
nunca arranjara um namorado. Ela teve seus "rolos", mas nunca
namorou. Luciana deixava todos boquiabertos quando negava bebidas alcoólicas
nas festas, mas eles não entendiam que ela simplesmente não precisava de álcool
para ficar descontraída e divertida.
Luciana era inteligente, mas vivia se questionando de muitas coisas,
como por exemplo, o porquê ela, que não fazia nada era a "santinha"
da turma e aquela garota que fazia o que entre o grupo era
"divertido" é chamada de vadia. Por que, para que uma cidade inteira
lembre o seu nome você tem que beijar todos os garotos desta cidade? Por que os
garotos querem namorar uma virgem, mas antes de namorar tiram a virgindade de
várias? Engraçado isso, porque em uma das várias conversas que tinha com a mãe,
descobriu que a mãe também fazia estas perguntas e até hoje não encontrou a
resposta e se encontrou, preferiu não comentar porque não se orgulhou da
resposta.
Luciana pensou nisso quando viu vários garotos virando duas garrafas de
cerveja sendo que mal a festa havia começado. Coitados, eles precisavam daquilo
para tomar coragem e paquerar alguma garota linda que eles não tinham coragem
de falar na escola, por exemplo. Por que a bebida era uma brincadeira entre
eles de quem bebia mais? Suas dúvidas foram interrompidas pela frase da amiga:
-Lu, aquele garoto tá de olho em você. Se eu não me engano, ele é primo
da Bru. Ele é gato.
-Não sei se hoje eu estou com vontade de ficar com alguém. Acho que só
quero me acabar dançando.
-Pode parar. A sua boca já está com teia de aranha de tanto tempo que
você não fica com alguém.
-Por que eu preciso ficar com ele?
-Porque você tem que aproveitar a vida.
-Se ele tiver um papo legal, talvez role. Tá bom assim?
-Ótimo.
Luciana observou atentamente o garoto. Na frente dele só havia uma
latinha de Coca-Cola e nenhuma cerveja. Era possível perceber que os amigos o
ofereciam bebida, mas ele negava. Na hora em que a balada começou, ele se
aproximou, os dois conversaram. Sim, ele tinha um papo legal e os dois
"ficaram". Trocaram números de celular, um deu o msn pro outro e
quando chegaram em casa se adicionaram no facebook.
Os dois tinham coisas em comum e ele a entendia e ela entendia. Ele era
ciumento, afinal, era bastante chato ver que os outros olhavam para a namorada
dele.
Luciana e o namorado tiveram a primeira relação sexual, então ela deixou
de ser a "santinha", só que nem todos sabiam disto, afinal, ela
não queria fazer parte das garotas que precisavam assumir não serem mais
virgens para serem populares. Luciana não queria fazer parte daquela, como diz
o meu ídolo Felipe Neto, "Cultura da bunda". Aquela em que a garota
que mais dá a bunda mais "popular" fica, e Luciana não queria fazer
isso. Sabe aquela coisa do "se respeitar"? Então, ela tinha disso e
acreditava nisso.
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Realidade e sociedade: O gelo que não quebrou
Cheguei em casa toda machucada. Eu apanhei hoje. Mamãe se
assustou quando me viu, mas eu estava tranquila, afinal, apanhei por causa de
um garoto, pois, como todo mundo sabe, hoje em dia é mania de mulher resolver
tudo no soco. Eu apanhei por justamente não querer resolver as coisas assim, eu
resolvi na base dos tão famosos argumentos.
Mal sabia a coitada que chamou suas leais amiguinhas, que
pouco me atingia um soco no rosto ou um chute na barriga. Não. O que me atinge
é a minha moral e, graças a isso, aprendi a ser uma pessoa até mesmo fria. Não
falo dos meus sentimentos, ao ver dos outros eu estou sempre bem. Nada me faz
mal, estou sempre bem.
Eu não sinto cólica, mas não costumo pedir ao professor para
ir pra casa, ao contrário de muitas garotas. Sim, eu amo também, mas não
demonstro, pois não quero ninguém opinando nos meus sentimentos e atitudes. Só
que dessa vez eu cometi um erro, eu me apaixonei e deixei que apenas uma, uma
pessoa percebesse. Eu fracassei e, o tal do "amor da minha vida"
tinha uma ex e ela resolveu vir pra cima de mim e vou dizer por que: porque
aquele garoto queria uma garota forte, que não fosse uma qualquer e, a ex
querida, se revoltou.
Adoro essa nossa cultura, em que o mais forte é aquele que
tem a capacidade de bater, de impor "respeito" por meio da violência
física. Pena que estes que usam isto para promoverem sua imagem são os burros e
lesados. Aquela garota que me bateu simplesmente não pensou que, depois que a
história se espalhasse, seria realmente fácil me fazer de coitadinha. Estas
pessoas são tão burros, que idolatram as novelas e nem reparam que os vilões só
precisam da violência física na hora em que for necessário acabar com a vida da
vítima.
Só posso concluir que, estes roxos no meu corpo sumirão, mas
a minha frieza e meu sangue frio não. E que venham os agressores, pois eu tenho
uma armadura de gelo e apenas Deus tem a capacidade que quebrá-lo. Se você não
é Deus, sinto muito. A garota fria ainda está aqui, com corpo roxo e inchado e
sangue frio.
domingo, 14 de outubro de 2012
Contos de pais: A filha que matou o pai
Larissa recém havia saído de um sofrido relacionamento, em que as
mentiras do ex a machucaram tanto a ponto de fazê-la chorar, mas ela tinha um
grande amigo que estava ali, sempre à disposição para ajudá-la: seu pai André.
Ele sempre foi muito parceiro e dizia a ela para esperar, pois ainda iria vir
um garoto que realmente a fizesse feliz, mas André se esqueceu de dizer até
quando duraria a tal felicidade trazida por este garoto tão esperado por ela.
Leonardo era
loiro, alto, bonito, olhos azuis impecáveis, mas aqueles olhos eram perigosos,
pois estes a fariam sofrer. Larissa começou a conversar com Leonardo e não
demorou muito para os dois trocarem olhares, e depois beijos e, finalmente, um
relacionamento sério. Quando contou sobre o namoro para o pai, Larissa se
admirou com a reação dele, pois André não se sentia seguro com a situação,
afinal, tudo foi tão rápido, mas continuou apenas ouvindo o que a filha tinha a
dizer.
André assumia que
talvez a preocupação fosse um trauma em relação ao seu passado com a ex-mulher.
Ela prometia ser eternamente dele, que queria ter filhos com ele e outras
várias promessas que o deixaram completamente apaixonado, a ponto de nem
perceber que estava sendo traído e, em uma dessas traições, a mãe de Larissa
engravidou e deixou a menininha a ser criada por André e fugiu, mas Larissa não
sabia que não era filha biológica dele.
O tempo passou,
Larissa se entristecia com as atitudes do namorado, pois ele exigia
tempo integral a ele, mas não dedicava todo o seu tempo a ela. Ele dava sinais
de traição, mas ela não via. Ela se afastou das amigas para satisfazer o amado,
mas tudo passou dos limites quando ela se afastou de seu pai.
André estava
preocupado, pois ele entendia o que estava acontecendo, afinal, ele era um
homem e sabia como realmente funciona a mente masculina e entendeu que havia
muitas coisas erradas naquele relacionamento e alertava a filha diariamente.
Irritado com a situação, Leonardo resolveu botar pressão, dizendo a Larissa que
era um absurdo ela ouvir os "absurdos" que o pai dizia a ela e que
ela deveria ir embora com ele, e assim foi feito.
Larissa deixou uma
carta dizendo que havia ido embora com Leonardo e pediu para que o pai não a
procurasse mais e que a esquecesse. André entrou em desespero e esqueceu-se do
seu problema de coração e teve um infarto e, por falta de socorro morreu no
quarto da filha. No outro dia, a empregada encontrou André morto e velório
aconteceu e o sócio de sua empresa abriu um inventário e Larissa foi chamada
para receber a herança. Quando soube do motivo da morte do pai, ela entrou em
depressão, afinal, fez o pai sofrer um infarto por causa de um garoto que a
fazia sofrer, batia nela, insultava-a. Como podia ela, que tinha um pai
maravilhoso trocá-lo por aquilo? Mas era tarde. Seu pai já estava morto, e
parte dela também.
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Contos de pais: Meu filho que perdeu a mãe pras drogas
Meu nome é Fábio. Eu me casei cedo, eu tinha apenas 16 anos. Minha
esposa se chama Lisa e já faz anos que não sei o que aconteceu com ela. Meu
filho Pedro tem 25 anos, é formado e é um ótimo médico. Mas não foi bem assim
no começo...
Em 1987 o Pedro
nasceu. Antes de ele nascer, a mãe dele já não se importava muito com o nosso
casamento, mas eu imaginei que se tivéssemos um filho tudo mudaria, mas não
mudou, só piorou. No dia que o Pedro nasceu, eu entrei com ele no quarto da
Lisa pra ela poder pegar o filho no colo, mas ela não estava lá. Chamei as
enfermeiras e começaram a procurar desesperadamente ela, mas não a acharam.
Deixei o bebê aos cuidados de minha mãe e fui pra casa tomar um banho e tentar
localizá-la. Quando cheguei em casa lá estava ela: sentada no sofá olhando
televisão com um pacote de Doritos e uma cerveja. Obviamente brigamos, pois ela
havia fugido do hospital para fazer aquilo.
Pedro foi
crescendo e aqueles absurdos se tornavam constantes. Ela estava bebendo e não
demorou muito para começar a se drogar. A situação ficou fora do controle
quando ela engravidou. Como eu não podia deixar uma criança inocente na mão
daquela mulher, conversei com ela e decidimos que eu criaria a criança como se
fosse minha. Comuniquei isso a Pedro e ele, por já ter 12 anos, aceitou na boa.
Era setembro, Lisa
já estava pronta para ter o bebê, mas no dia em que ele nasceria eu estava
viajando com Pedro como de costume, então ela se deslocou ao hospital e quando
fui buscá-la no hospital ela não estava lá, então fui pra casa, mas o bebê não
estava lá. Então eu perguntei:
-Ué, cadê o bebê?
Que dinheiro é esse?
-Eu vendi ele.
Tinha uns ricaços querendo ter um menino então eu vendi o bebê. Em troca, eles
me deram 50 mil reais.
-VOCÊ VENDEU O
NOSSO FILHO???
-Ah, cala a boca.
Ele nem era seu filho.
-Mas eu criaria
ele como se fosse meu!
-Ah, para de me
irritar.
-Volta aqui!
Pedro ficou ali,
parado olhando tudo aquilo. Quando chegou a noite, eu levei-o para jantar para
poder conversar com ele com mais calma. O garoto entendeu a real situação da
mãe e compreendeu os meus sentimentos. Voltamos pra casa e, como sempre, Lisa
não estava em casa.
No outro dia de
manhã, encontrei muita droga dentro da mala dela, mas fingi não ter visto
aquilo, afinal, já tinha desistido dela. Tomamos café da manhã, peguei minhas
chaves para levar Pedro à escola e ir trabalhar. Quando voltamos, a empregada
estava atirada no chão, toda machucada e ao perguntar o que havia acontecido,
ela disse que Lisa estava descontrolada e que a bateu e foi embora. Lisa nunca
mais voltou.
Sinto pena dela,
pois ela não viu o filho passando na Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
não viu ele se tornando um grande médico e não viu ele ficar noivo. Acho que
ela viu ela se destruir com as drogas.
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Contos de pais: O paizão bicha louca
-Não faz sentido isso! Como pode você ser gay e ser pai? É pra eu
entender? Porque se é, eu tenho que parar de pintar meu cabelo de loiro, porque
estou ficando burra!
-Renatinha linda,
vou te explicar mais uma vez: era uma vez, em um passado muito distante,
exatamente há 14 anos, um príncipe chamado Nelson, mais conhecido como Neni,
foi a uma festa, bebeu todas e fez um bebê com a Lucinda, mais conhecida como
Luci e aí o destino separou aqueles seres, o Neni se assumiu bicha louca e
abriu um salão chamado Diva, que é para as mulheres ficarem Divas. O tempo
passou e ele descobriu que tem uma filha, chamada Flávia, que é a Flavinha.
Entendeu agora, meu bem?
-Entendi, mas como
é que você pretende criar essa menina, posso saber?
-Ué, fim de
semanas eu faço tudo o que tenho direito com a minha pequena diva e todo o mês
pago uma pensão, simples.
-Simples, quero só
ver.
-Baby, relaxa.
As coisas entre
Neni e Flavinha estavam indo bem. Ele a ajudava a preparar a festa de 15 anos
dela, com muitas plumas, purpurina e muitos dançarinos gostosos. Eles gostavam
de conversar e, em uma noite, Neni veio com uma ideia:
-Flavinha, vamos
brincar de verdade ou consequência?
-Vamos papito.
-Eu começo. Você é
virgem?
-Pai, você nem
perguntou se eu quero verdade ou consequência.
-Não interessa.
Sou seu pai, sou mais velho e sou meio homem, meia mulher, então eu decido.
Responde.
-Sou virgem.
-AAH QUE LINDA! Eu
não sou mais. Já fiz com muitos homens e uma mulher e, olha que legal, a mulher
era a sua mãe. Legal né, baby? Quer que eu conte como foi a minha primeira vez
com um homem? Foi quando eu tinha13 anos e foi...
-Pai, obrigada,
não quero saber. Agora eu pergunto. Quem foi o seu primeiro amor?
-Ah Diva, não foi
um, mas foram vários... Eram os Backstreet Boys. Antes eu só fazia sexo pra
diversão mesmo, mas eu me apaixonei completamente pelos meus meninos. Aí o
tempo passou e eu comecei a amar o Jesse McCartney, aí ele ficou gordo e eu não
quis mais. Depois me apaixonei pelo Justin Bieber mas depois que o One
Direction nasceu, eu me tornei um meio homem mais feliz.
-AAAAAAAHH VOCÊ
TAMBÉM AMA O 1D??? EU SOU LOUCA POR ELES!!!
-AAAAAAAHH EU
TAMBÉM!!! Ok, agora eu pergunto: você é bv?
-Não né pai.
Enfim, quero falar de 1D.
A noite passou com
os dois falando sobre One Direction. As noites do pai e da filha eram assim,
conversavam até que um dia ela confessou que estava namorando. Quando
apresentou o namorado ao pai, o garoto se sentiu no mínimo estranho, afinal, o
pai da sua namorada era gay. O tempo passou e um dia, Flávia chegou ao salão do
pai desesperada:
-Papito, você não
vai acreditar no que aconteceu! O Jú me traiu com uma piranha qualquer!
-Oh meu Deus,
tadinha da minha triste Diva. Ó, deixa que papai resolve isso pra você, tá?
-Resolver como,
papito?
Neni não respondeu
e acalmou a menina. No outro dia, ele seguiu o ex dela e, quando teve chance,
foi falar com o garoto:
-É muito
audacioso. Trair a minha Diva é absurdo demais.
-Ô viado, dá
licença que eu não vou perder o meu tempo falando com uma bicha. Além de que
ela mereceu ser traída. Não quis dar, peguei outra que quis.
De repente, a voz
fininha de Neni sumiu e foi trocada por uma voz máscula, forte, a sua voz
original:
-QUEM VOCÊ PENSA
QUE É PRA FALAR ASSIM DA MINHA DIVA, SEU CANALHA? AGORA VOCÊ MORRE.
Neni deu uns 5
socos no garoto que foram suficientes para deixá-lo atirado no chão. Para
terminar o serviço, Neni disse, com a sua voz fininha novamente:
-Quem disse que
bicha não pode ser pai másculo? Mexe com a minha Diva de novo e eu acabo com a
sua infeliz vidinha, tá, baby?
Contos de pais: O pai das "mocinhas"
Cristiano chegou ao velório às10 horas e o encerramento foi no
cemitério, onde Maria Antonieta, sua esposa, foi cremada. Ele chorava triste,
não apenas por ter perdido o amor de sua vida, mas por ter que criar gêmeas de
apenas dois anos de idade.
Passaram-se
semanas, meses, anos e as menininhas cresceram e já estavam com 11 anos de
idade. Como de costume, ele estava sentado na mesa lendo o seu jornal enquanto
esperava as meninas para o café da manhã, quando de repente escuta um grito de
Alana. Ele saiu correndo abriu a porta do banheiro e perguntou:
-Filha, o que
aconteceu?
-Aah, sai daqui
pai!!
Ela bateu a porta
na cara do pai e aparece Aline, a outra menina e diz:
-Bom dia,
paizinho. Espera aí. Alana, o que aconteceu?
-Entra aqui e você
vai ver!
Aline entrou e
teve um ataque de risos:
-Pra quê tanto
escândalo? O pai ficou assustado, sabia?
-E você acha que
EU não estou assustada? Olha isso! OLHA BEM ISSO!
-Calma, espera aí.
Aline saiu do
banheiro, riu um pouco e cochichou ao pé do ouvido do pai:
-Ela menstruou.
Como ela sabe que vai ter que passar por tudo que eu passo, fez esse escândalo.
Cristiano riu, mas
logo ficou sério, afinal, as filhas dele já eram mocinhas. Se haviam
menstruado, logo arranjariam namorados e se menstruam poderiam engravidar. Não
demorou muito para ele se desesperar e ficar dizendo "Oh meu Deus".
Aline olhou para o pai e disse:
-Pai, o que
aconteceu?
-Já pensou? Daqui
a pouco estarão namorando, e casando, e fazendo filhos, e seus filhos
menstruarão, e estarão namorando, e...
-Pai, homens não
menstruam.
-Mas fazem filhos.
-Pai, deixa eu te
explicar um negócio...
-DEIXA PRA DEPOIS,
EU TO NECESSITADA AQUI NESSE BANHEIRO!
Aline entrou no
banheiro, deu à irmã outra calcinha e um absorvente e Alana saiu cabisbaixa,
toda vermelha de vergonha. Cristiano, todo fofo, disse:
-Filhinha, fica em
casa hoje. Não precisa ir pra escola assim, fica em casa e de tarde tua irmã
vem e te faz companhia. Agora vamos tomar café.
Já no café,
ninguém falava nada, até que Aline interrompeu o silêncio e disse:
-Pai, tem que
levar ela no ginecologista. Lembra quando você me levou? Agora é a vez da
Alana.
Alana engasgou.
Cristiano lembrou a primeira vez que levou Aline no ginecologista. Aquilo foi
tão estranho.
-Ok, então vamos
levá-la. Tudo bem, filha?
-Não. Eu preciso
mesmo ir?
-Precisa.
-E tu vai ter que
ver a minha...
-Se for
necessário, sim.
-Não pai, que
vergonha!
-Alana, menos. O
que eu mais fiz na minha vida foi ver vocês duas nuas. Vi isso mais vezes do
que vi a mão de vocês nua, ou seja, fica tranquila.
-Ah pai, mas a mãe
era a tua esposa e quando você viu a gente, nós éramos pequenas.
-Não importa, você
vai ir e pronto.
Passaram os dias e
lá foram os dois. A ginecologista explicou o que tinha que explicar e depois da
consulta foram ao supermercado, onde Aline os esperava para comprar um
absorvente para a irmã. Chegando à sessão de absorventes, Cristiano resolveu
ver como aquilo funcionava, mas não viu que um garoto se aproximava das
garotas:
-Oi meninas.
-Oi Robson.
-Filhas, o que é
"absorvente com abas"? Qual é a diferença entre absorvente íntimo e o
normal? Ata, já entendi, o íntimo tem que enfiar, né? Acho que a Alana não vai
gostar. E esse aqui que diz que tem gel, é gel tipo pomadinha pra não dar
assadura?
A Alana e Aline
ficaram com uma cara indescritível, vou deixar pra imaginação do leitor. Enfim,
elas ficaram constrangidas. O tal de Robson se despediu e elas foram pra cima
do pai. Ele não entendia o que elas disseram, já que estavam falando juntas,
mas entendeu que elas estavam brigando com ele:
-Tá, meninas,
escolham logo isso pra gente ir pra casa. Eu não me meto mais em coisa de
mulher.
Eles compraram as
coisas no caixa e foram pra casa. Na hora de dormir, Cristiano se despediu das
meninas dizendo:
-Boa noite. Amo
vocês, minhas mocinhas.
-Também amamos
você pai, mas "mocinhas" não, tá?
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
História de professor: O sonho quase realizado.
Márcia era casada, mãe de dois filhos, tinha 45 anos e era uma
advogada de sucesso. Todos juravam que ela era uma mulher completamente feliz,
já que ganhava um salário mensal um tanto alto, mas ela não concordava com o
que as pessoas viam dela. Seu sonho era ser professora, mas o medo da rejeição,
a falta de atenção do governo e outros problemas fizeram com que ela desistisse
do sonho e optasse por uma carreira mais sólida e que já havia um caminho
traçado pelo seu marido.
Guilherme, seu
filho mais novo, estava na sétima série e estava com muitas dificuldades com a
matéria de história.
-Mãe, é muita
data, é muito nome, é muito tudo.
-Tá filho, vamos
começar por coisas que aconteceram há muito tempo...
Ela tinha
didática, ensinava muito bem e conseguiu fazer com que o seu filho tirasse boas
notas nessa matéria. Rafael, seu filho mais velho percebeu aquele talento e a
incentivou a fazer uma segunda faculdade:
-Mãe, a senhora já
tem filhos que não são mais crianças. Você e o pai têm dinheiro e você tem
tempo, então por que não tentar?
-Ai filho, será
que o seu pai vai aceitar?
-Mãe, faça-me o
favor. O pai é o cara que mais te apoia em todas as suas decisões. Relaxa e
segue o teu sonho.
Márcia conversou
com o marido e ficou tudo certo: prestou vestibular, passou, fez magistério e
se formou. Depois se especializou na matéria de história, que tanto gostava.
Começou então a
dar aula em uma escola com 50 anos de idade e, para a surpresa da direção da
escola, os alunos amavam-na e estavam tirando ótimas notas.
Porém, algo estava
deixando-a incomodada: o desrespeito com o professor por parte de alunos e
pais, além de estar enfurecida com o salário baixíssimo dos professores. Tudo
bem, ela amava a profissão, mas merecia ganhar créditos, afinal, ela passava
quatro horas diárias com os alunos e mesmo assim os pais insultavam-na e o
governo insistia em investir na tão esperada Copa.
Cansada destes
problemas, ela, junto com seus alunos, formou uma grande campanha chamando a
atenção das pessoas pelas redes sociais. O projeto chamou a atenção, mas não o
suficiente. Para os pais, era perda de tempo ler uma simples frase e refletirem
sobre ela. Era inútil para a população participar de algo que fazia parte do
futuro dos jovens que um dia se tornariam cidadãos.
Márcia não se abateu,
muito pelo contrário, ficou feliz pelos seus alunos que entenderam a mensagem.
Talvez, um dia, um de seus alunos também não se abateria e lutaria pelos
direitos não dos professores, mas sim dos frequentadores das escolas, afinal, o
que é uma pessoa bem sucedida sem um estudo aprofundado sobre algum assunto?
Mas o que é um estudo aprofundado sem um ensino básico? O que é um ensino
básico sem a escola? O que é a escola sem um professor? O que é um professor
sem dignidade? Fica a pergunta.
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
História de professor: Ou aprova ou morre
Júlio era engraçado, divertido, sorridente, ensinava a matéria muito
bem, era dedicado em relação aos seus alunos e eram poucos os que reprovavam em
sua matéria. Ele dava três provas por trimestre e o resto das notas eram
trabalhos, seminários e etc., ou seja, todos os alunos o amavam, menos João
Pedro. Esse garoto não queria saber de nada, a sua vida era resumida em festas,
garotas, bebidas e outros absurdos.
Júlio até que tentava, mas João Pedro era difícil, nenhum professor
conseguia fazer com que ele se interessasse por uma aula sequer. João era muito
mimado, não aceitava um "não" como resposta e se o contrariassem,
seus pais resolveriam o problema por ele e foi exatamente isso que aconteceu.
Já era fim de ano e João Pedro foi o único que ficou em recuperação.
Passaram as duas semanas e veio o resultado: ele teria que repetir o ano em
Geografia, matéria dada pelo professor Júlio. A família de João não se conformou
e foi até a escola para tentar fazer com que o professor voltasse atrás e
fizesse com que o garoto fosse aprovado, mas obviamente a resposta foi
"não".
Aquela foi a gota d'água. Como aquele professorzinho ousava em ir contra
as ordens da família de João? Mas ele iria mostrar quem é que manda. João e
mais a sua turma foram atrás de Júlia e o bateram, mas pouparam a sua vida.
Júlio continuou se negando a aprovar o jovem. Irritado por um professor
enfrentá-lo, o pai de João mandou matar o professor e assim foi feito.
Até hoje o crime não foi provado por ter sido muito bem planejado, mas o
que importa e o que mais assusta é a pergunta que não quer calar: até quando a
violência contra professores continuará? O Brasil aguarda respostas.
terça-feira, 18 de setembro de 2012
História de professor: O professor e sua esposa aprendiz
André saiu do interior para se formar em magistério e não demorou
muito para se tornar um ótimo professor de matemática. Aos seus 30 anos ainda
era solteiro, pois não tinha tempo e não via interesse em sair a não ser que
fosse sair com os seus amigos intelectuais.
Ele havia sido
convidado a ser professor de uma escola particular que sempre se mostrou
extremamente melhor em relação às outras. Entrou na sala de aula no primeiro
dia e logo viu o desafio o que teria que encarar: jovens mimados e arrogantes
que adoravam mostrar o seu dinheiro, porém, eram todos muito inteligentes.
Ele se apresentou
e o trimestre foi acontecendo de forma tranquila, menos para uma garota:
Angelina. Ela já havia repetido o ano duas vezes e já era para estar no segundo
ano da faculdade. Ela era dedicada e esforçada, mas a dificuldade em matérias
como física, química, matemática e português a prejudicavam sempre. André se
determinou em ajudá-la, era só precisava de auxílio, de uma família que
realmente se preocupasse em gastar o seu dinheiro em uma professora particular
do que ficar gastando nas futilidades da família, mas tudo bem, ele iria
cumprir sua missão como professor:
-Angelina, espera
aí, eu preciso falar com você.
-Fala profe.
-Angelina, você
pode passar a tarde aqui hoje? Se o problema for o almoço, eu te levo para
almoçar e depois a gente faz umas aulas extras, pode ser?
-Aff, tá, pode, eu
vou ligar pra minha mãe avisando.
Angelina ligou
para a mãe e ela e o professor foram almoçar. Os dois conversaram e aos poucos
André foi entendendo o problema de Angelina: no passado não teve interesse
nenhum na escola e seus pais diziam para não se preocupar pois no futuro o
escritório de advocacia seria dela de qualquer forma, mas infelizmente ela não
conseguiu se recuperar na escola.
Os dois voltaram
para a escola e começaram a estudar. Não demorou muito para os almoços e
estudos à tarde se tornarem comuns e prosseguiram pelo restante do ano, ou
seja, foi o suficiente para um conhecer o outro e acabaram se apaixonando.
Começaram os
problemas: um professor e uma aluna juntos terminariam em problema. Os
encontros escondidos eram diários e em um desses encontros na casa de André que
Angelina engravidou. Os dois guardaram segredo até a formatura e, quando
Angelina se formou os dois admitiram o romance.
Por causa da
rejeição da família dela, os dois se mudaram para outra cidade, os dois se
casaram, tiveram o filho e Angelina é sustentada pelo salário de André. Ela
estava feliz e não ligava pelo fato de ele ser 12 anos mais velho que ela e por
não ter todo o luxo de antes. Ela amava o seu professor.
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
História de professor: A professora realizada
-Bom dia, pessoal. Meu nome é Ana Maria e sou a nova professora de
literatura de vocês. Antes de falar como eu trabalho, eu quero deixar algo bem
claro: eu não quero qualquer comparação entre mim e a outra professora que
saiu. Os problemas ocorridos com ela ficam com ela e agora não se fala mais
nisso. Eu estou aqui pra recuperar a matéria e as notas de vocês, mas preciso
de sua colaboração.
Ana Maria era a
nova professora de um colégio público e tinha entrado lá de uma forma um tanto
conturbada: a antiga professora se envolvera com drogas e acabou prejudicando
todas as turmas que dava aula, o que fez com que os alunos perdessem conteúdos
importantes e perdessem notas e Ana Maria havia entrado para não só
substituí-la, mas também para recuperar os alunos.
-Bem, nós temos
como regras pelo menos uma prova por bimestre, ou seja, teremos ainda, no
mínimo, duas provas, mas pra vocês recuperarem as notas, terei que fazer mais
trabalhos. Eu pretendo fazer três provas sobre livros, duas normais e uma de
recuperação, e mais alguns trabalhos de produção textual em aula.
A turma odiou,
afinal, teriam que se dedicar em ler livros chatos como Dom Casmurro e logo
fazerem provas e ainda fazer textos. As reclamações não paravam, estavam
estressados por antecipação. Ana Maria não se importou e continuou a fazer o
que tinha que fazer: usar da sua juventude (ela tinha apenas 25 anos) para
conquistar os jovens e fazer coisas que os fariam gostar do que estavam
fazendo, e isso aconteceu.
Nas provas, a
turma andava conforme a média, mas as produções textuais eram incríveis. A sua
forma de fazer com que participassem era realmente interessante: ela entrava na
sala de aula, sentava-se e começava a conversar, perguntava como andavam as
festas, o que rolavam nelas, as modinhas do momento, os cantores em alta...
Tudo. Depois da conversa ela explicava um pouco sobre tal tipo de texto e os
jovens tinham que fazer textos baseados no assunto do dia. Todos amaram isso.
Além da realização
de ver seus alunos se tornarem bons alunos e bons leitores, ela foi chamada
para dar aula em uma universidade aos seus 30 anos de idade. Seus alunos se
formaram e ela pegou uma nova turma.
Passou o tempo e
ela entra na sua nova turma na universidade e dá de cara com um conhecido:
Antônio, que foi o seu aluno na escola e ele seguiu a carreira com a
literatura.
Mais uma vez, Ana
Maria viu um de seus alunos se formar mais uma vez. Ela chorava de orgulho. Ser
professora era um orgulho.
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Histórias frustradas de amor: A triste história dos anos 50
Seis horas da noite, após um dia inteiro de trabalho, chego em casa e minha linda mulher estava me esperando com a janta pronta. A beijei, sentamos para comer, conversávamos com entusiasmo. Subimos para o quarto e tivemos uma linda noite de amor enquanto "eu te amo" se fixava em nossos ouvidos. Nós tínhamos uma linda vida juntos.
Um dia, começamos a frequentar um baile, com as melhores músicas dos anos 50. Ao som de uma música romântica, dançávamos abraçados. Vinha-me à cabeça os meus sonhos com ela: dar a ela o novo fogão cereja da Brastemp, os mais lindos vestidos de bolinhas e rodados e ter filhos com ela. Rosalinda interrompeu meus pensamentos pedindo para ir ao banheiro. Depois de meia hora ela voltou, se desculpou pela demora e fomos pra casa.
No outro dia de manhã, como de costume, me vesti, tomei café com Rosalinda, disse vários "eu te amo" e fui trabalhar. Ao voltar pra casa, seis horas da noite, o jantar não estava pronto e não sentia o seu perfume. Suas roupas não estavam no armário e sua aliança estava na cama junto com uma carta. Nela dizia que estava apaixonada por outro e que foi embora com ele. Disse que eu era carinhoso e amoroso, mas que não me queria mais.
Concluí que 1954 foi o pior ano de minha vida, mas só me restava curar o amor que sentia por Rosalinda.
Um dia, começamos a frequentar um baile, com as melhores músicas dos anos 50. Ao som de uma música romântica, dançávamos abraçados. Vinha-me à cabeça os meus sonhos com ela: dar a ela o novo fogão cereja da Brastemp, os mais lindos vestidos de bolinhas e rodados e ter filhos com ela. Rosalinda interrompeu meus pensamentos pedindo para ir ao banheiro. Depois de meia hora ela voltou, se desculpou pela demora e fomos pra casa.
No outro dia de manhã, como de costume, me vesti, tomei café com Rosalinda, disse vários "eu te amo" e fui trabalhar. Ao voltar pra casa, seis horas da noite, o jantar não estava pronto e não sentia o seu perfume. Suas roupas não estavam no armário e sua aliança estava na cama junto com uma carta. Nela dizia que estava apaixonada por outro e que foi embora com ele. Disse que eu era carinhoso e amoroso, mas que não me queria mais.
Concluí que 1954 foi o pior ano de minha vida, mas só me restava curar o amor que sentia por Rosalinda.
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quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Histórias frustradas de amor: Intensidade que mata
"Na boa, acha alguém da tua laia que é melhor." Foi isso
o que o ex namorado da Débora disse pra ela quando viu que um guri no carnaval
agarrou ela e obviamente terminou com ela, mas aquela frase dele não saía de
sua cabeça. Então pensou em usar aquela frase a favor dela, afinal,
ela era gostosa, divertida, sorridente, parceira pras festas e muito mais.
Um dia qualquer
ela se arrumou: colocou um vestido preto justo e curto, um salto alto vermelho,
passou um batom vermelho, soltou os cabelos longos e lisos e foi à festa. Não
se passaram uma hora na balada e vários garotos já estavam na sua volta e ela
só fazendo charme esperando o garoto perfeito pra ela e finalmente ele
apareceu. O nome dele era Pedro, chegou todo sorridente, ofereceu a ela uma
bebida (nem se importou em perguntar a idade, ele pouco ligava se Débora tinha
16 anos, ela era gostosa e fim de papo), conversou com ela, dançou com ela e em
pouco tempo os dois estavam aos beijos, e que beijos. Débora não se importava
se o garoto passava a mão nela de uma forma até mesmo asquerosa, ela também
estava passando a mão nele.
Os dois trocaram
telefones e redes sociais e cada um foi pra sua casa. Passaram os dias e os
dois se falavam todos os dias, o tempo todo e a coisa foi ficando séria. Eles
saíam juntos, "ficavam" e assim ia rolando o relacionamento, até quem
um dia ele pediu-a em namoro e ela aceitou na hora. O que foi uma pena.
Os dois eram
intensos, gostavam de beijos quentes, iam a festas em que havia muitas drogas e
álcool e não demorou muito para terem relações sexuais sem camisinha, ela
apenas tomava pílula anticoncepcional. Foi a partir daí que começaram os
problemas. Os dois achavam que deveriam formar um casal moderno, ou seja: sexo
em grupo, por que não? Drogas? Dão uma sensação boa. Álcool? Deixa tudo mais
divertido. Esse era o pensamento deles, só que todas essas coisas juntas
influenciam na vida dos dois. Pedro pegou HIV de Débora em mais uma das
"diversões em grupo" deles. Os dois estavam viciados em cocaína e se
não houvesse bebida em alguma festa, não tinha graça.
Em outubro de
2011, o casal foi internado às pressas no hospital. A última coisa que um disse
pro outro foi:
-Eu te amo, mas
não quero morrer assim.
-Débi, tem coisa
melhor do que morrer junto com a pessoa que a gente mais ama?
-É verdade... É
tipo Romeu e Julieta?
-Pode ser amor,
mas relaxa, o Boca disse que cocaína não mata.
-Então tá meu
lindo, eu te amo.
-Eu te amo minha
gostosa.
O que o tal de
Boca não avisou é que HIV e cocaína e álcool em excesso matavam sim e foi disso
que eles morreram. No dia 10 de novembro Débora morreu e no dia 15 Pedro veio a
falecer também.
Ao receberem
as biópsias, as duas famílias entraram em conflito. Uma julgava a outra,
diziam que o filho ou a filha morreram por influência de outro. Errados. Débora
porque queria mostrar para o seu ex-namorado nerd que ela poderia arranjar um
garoto muito mais intenso do jeito que ela gostava e Pedro morreu porque queria
mostrar aos outros o quão descolado ele era, provando isso com a intensidade do
seu relacionamento. O desejo por intensidade matou os dois.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Histórias frustradas de amor: Frustração dupla
Era uma vez uma linda princesa chamada Talita que sonhava em encontrar
um lindo príncipe encantado, casar com ele e ser feliz para sempre. O sonho da
Talita era esse, achar um príncipe encantado, perfeito, maravilhoso, que amasse
ela acima de tudo. E ela achou encontrou um garoto assim, Carlos: ele era fofo,
meigo, sempre mandava mensagens e ligava perguntando como ela estava se
precisava de algo, era um amigo presente em sua vida e muito mais elogios que
eu, Inácio, não tenho tempo e nem paciência de contar.
Sim, eu gosto da Talita. Enfim, ela gostava muito dele. Os dois estavam
sempre juntos: iam ao shopping juntos, ele escolhia as roupas junto com ela,
conversava com ela sobre tudo o que ela quisesse (tudo MESMO) e mais e mais
coisas. Eu sou o contrário: gostamos de jogar futebol, mas gostamos de dar
atenção às nossas garotas, mas com liberdade. Sempre fomos machos sem deixar de
ser fofos, mas ela não percebia isso.
Era o aniversário de 15 anos de uma amiga e eu pensei que aquela seria a
chance de ficar com ela e mostrar a ela o que eu sentia por ela, só que Tati
queria ficar com o Carlos pra mostrar suas reais intenções e o Carlos eu não
sei se queria ficar com ela, mas na festa fiquei sabendo. Aconteceu toda a
cerimônia e chegou a hora da balada e todo mundo foi pra pista de dança. Eu me
mantinha ali, perto dela, só cuidando se não iria vir outro cara pra cima dela.
A gente dançava e conversava, mas a Talita não olhava pra mim, só
procurava pelo Carlos. Começou uma música mais romântica e eu pensei:
"agora vai". Não foi. Ela não prestava atenção em mim e isso já
estava me irritando. Quando eu ia dizer pra ela o que eu sentia ela arregalou
os olhos e disse:
-Meu... Deus...
-Que foi?
-Olha o Carlos...
Quando olhei pra mesma direção eu vi que o cara estava aos beijos com outro
garoto da turma num canto da festa. Sim, ele era gay. Eu acho o Carlos legal,
mas eu sempre suspeitei da possibilidade de ele ser gay. Aproveitei e vi que
era a minha chance. Cheguei ao pé do ouvido dela e disse:
-Tali, eu sempre gostei de você. Eu só nunca tentei nada porque achei
que você e o Carlos tinham alguma coisa e...
-Mas eu queria que eu e ele estivéssemos juntos. Ele é um príncipe.
-E eu posso ser um se você me der chance.
-Não tem essa de chance. Inácio, você não é um príncipe, só o Carlos é,
só o Carlos.
Eu juro, a garota saiu do salão batendo perna e foi embora. A sorte dela
foi que aquela festa foi em Janeiro e já não tinham mais aulas, aí ela saiu do
colégio e eu nunca mais vi ela. Eu também dei sorte. Eu pensei: "Ok, se ela
saiu da escola por causa disso, é porque é boba". Se é ou não, eu não sei,
só sei que nunca mais vi a garota e o Carlos agora namora com um garoto que eu
não conheço.
Moral da história: não tem moral. Se tiver, comenta aí.
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Histórias frustradas de amor: Amor de internet
Melissa, como de costume, voltou da escola, ligou o computador,
logou no Facebook e começou a ver o que havia de novidade. Viu que uma pessoa
desconhecida a enviou uma solicitação de amizade. Era um tal de Gustavo e antes
de adicioná-lo ela foi olhar o perfil do garoto. Bonito ele era, aparentemente
tinha 14 anos, a mesma idade dela e era gaúcho também. Ela se perguntou como
ele a conhecia, mas se lembrou que, por ser uma dançarina de um CTG e por rodar
o Rio Grande inteiro nos concursos ele poderia ter a visto e a adicionado.
Fazia sentido e ela poderia adicioná-lo sem problemas.
Uns dois dias
depois o tal Gustavo entra e chama Melissa pra conversar. Ele era maravilhoso,
fofo, atencioso, querido, divertido, um príncipe.
Os dois logos
viraram grandes amigos. Ele era de Santa Maria, ela de Porto Alegre, os dois
tinham 14 anos e suas características em comum faziam com que Mel (apelido dado
por Gustavo) ficasse cada vez mais encantada pelo garoto. Não demorou muito
para um saber o suficiente da vida do outro o que foi um bom motivo para
Gustavo pedi-la em namoro.
Passaram-se dois
anos conversando pela internet e um ano e meio de namoro. Melissa,
completamente apaixonada, não via problemas em contar tudo sobre a sua vida
para o namorado, afinal, ele era o seu namorado e deveria saber absolutamente
tudo sobre a garota, como, por exemplo, saber que o pai dela era um banqueiro,
sua mãe uma promotora de festas, sua irmã uma estudante de moda. Morava no
Bairro Ipanema, estudava em um colégio particular e assim por diante. Ela
aparentemente também sabia tudo sobre ele.
Um dia, Gustavo
deu uma notícia que deixou Melissa totalmente empolgada:
-Amor, eu vou dar
uma passadinha aí em Porto. Meu pai quer resolver umas coisas aí.
-JURA??? E tu vai
vir me vir?
-Se tu quiser,
claro que vou. A gente podia se encontrar naquele parque grande e famoso, como
é o nome?
-A Redenção?
-Essa mesmo. O que
tu acha?
-Acho uma ótima
ideia. To ansiosa agora hihi
Finalmente o dia
1º de agosto chegou. Estava aquele friozinho gostoso e Melissa aproveitou para
colocar uma roupa elegante para ir ver o amado. Disse para a mãe que sairia com
as amigas para um piquenique na redenção e que voltaria lá pelas17 horas.
E lá foi ela.
Ficou bem no local indicado, bem na entrada do parque. Ela estava parada
esperando, quando uma voz interrompeu seus sonhos com Gustavo:
-Melissa?
Ela abriu um
sorriso e pensou: é ele. Enquanto se virava disse "eu". Mas quando
mirou o rosto daquele homem percebeu que não era Gustavo. O homem logo a
agarrou e do nada apareceram homens que ajudaram a leva-la para o carro.
Levaram-na para um
local que ela mal conhecia. Pegaram o seu celular e discaram o número da
família da garota. Os bandidos deram informações que confirmariam o sequestro,
falando a roupa que vestia, sua idade, escola que estudava, o endereço, tudo.
Depois de uma longe conversa chegaram a uma conclusão: caso pagassem um milhão
para os bandidos entregariam a garota. Mas não combinaram que ela seria
entregue viva.
E assim foi feito.
Zombaram da inocência de Melissa, falaram que não existia Gustavo nenhum e que
fariam o que fizeram com ela com outras várias garotas. Ela, em desespero
gritava por ajuda. Cansados de tanta gritaria e desespero, o chefe dos homens
disse:
-Cansei dela. Pode
matar.
Bastaram dois
tiros na cabeça e três no coração para que ela morresse. Conforme o combinado,
o pai de Melissa deveria entregar o dinheiro para um motociclista que esperava
na frente do Parque da Redenção. Entregue o dinheiro, o motociclista olhou se
estava tudo certo e ligou para os demais bandidos. O receptor do dinheiro
ordenou que o pai dela esperasse a garota no outro lado da rua e assim foi
feito.
Apareceram então
dois homens carregando a garota com o rosto coberto. Largaram-na no chão e saíram
correndo. O pai correu em direção a filha, ao tirar o pano que cobria seu rosto
viu-o todo ensanguentado e percebeu que sua roupa também estava assim. Ela
estava morta. Mal sabia ele que quem matou a sua filha foi o amado dela. Mas
quem era esse amado?
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Contos sobre Mães: A tia que é mãe.
Liana e Diana eram irmãs gêmeas. Fisicamente, as duas eram iguais,
mas o jeito de uma era completamente diferente da outra. Liana era estudiosa,
responsável e muito, mas muito apegada à família. Diana era festeira, a cada
semana aparecia com um garoto diferente e eram raríssimas as vezes que ela
ficava em casa. Diana também era um tanto irresponsável e sua
irresponsabilidade fez com que ela engravidasse aos 18 anos.
No dia 08/11/99
Thomas nasceu. Ele nasceu sem pai, pois Diana não sabia quem era o pai de seu
filho, já que ela engravidou de um cara em uma festa e, como estava
completamente bêbada, não teve condições de lembrar quem foi o homem que a
engravidou.
O tempo passou. O
pequeno Thomas cresceu e, aos 5 anos, era um menino normal, cheio de saúde e
muito inteligente. A avó dele, Dona Alzira, achava que era importante que ele
fosse tão apegado à família quanto à tia e então desde cedo o acostumou com o
lar e com as três mulheres que ocupavam a sua casa (O avô de Thomas já era
falecido, ficando apenas Dona Alzira e suas filhas em casa).
Diana se
aproveitava da situação. Usava como desculpa que era bem ele se apegar também
ao restante da família sem a presença dela. Então, chegavam os convites para
festas e lá ia Diana, deixando o filho aos cuidados de sua mãe e de sua irmã. A
falta de presença dela na casa fez com que esquecesse o problema de coração que
sofria Dona Alzira, que um dia veio a falecer de um ataque cardíaco.
Mesmo com a triste
situação, Diana continuava saindo e deixando seu filho com sua irmã e, depois
de uma noite de bebedeiras, ela pegou o carro e, ao voltar pra casa perdeu o
controle do carro e sofreu um grave acidente. Diana não resistiu e morreu.
Liana ficou
responsável por cuidar de Thomas. O menino estava revoltado com a situação.
Ora, ele havia perdido a mãe e a avó no mesmo ano. Liana, inconformada com os
atos de rebeldia do garoto tomou uma atitude. Sentou com o menino e disse:
-Thomas, o que
você acha de fazer catequese?
-Nunca!
-Por quê?
-Porque não quero!
-Ah, vamos lá! Eu
tenho certeza que você vai amar.
Depois de muita
insistência lá foi o garoto fazer a tal de catequese. No começo ele odiou, mas
depois a sua opinião mudou. Mudou muito mais quando, em um encontro, se falou
sobre família.
-A gente deve
sempre respeitar e amar aqueles que nos criam. Tem gente que a mãe ou o pai não
são nossos pais de sangue, mas por ser quem nos criam quem nos dão amor,
devemos dar o nosso melhor, até porque eles dão o máximo de si para que vocês
tenham uma vida maravilhosa...
O discurso da
catequista continuou, mas essa parte ficou gravada na mente de Thomas. Ele
percebeu o quão injusto estava sendo com a tia, pois ela, que poderia colocá-lo
num orfanato, mas não, ela ficou com ele e se dedicou tanto e ele retribuía com
rebeldia.
Thomas voltou pra
casa, deu um beijo e um abraço na tia e foi dormir.
Ele cresceu e aos
poucos ia chamando Liana de mãe. Ela realizou o sonho de ser uma juíza de
sucesso e criou Thomas com todo o amor possível.
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Contos sobre Mães: Minha mãe baladeira casamenteira
Imagine só, eu, recém-formada,
solteira, com os meus 23 anos de idade. Eu moro com a minha mãe, Lisandra, 39
anos recém-separada do meu pai. Ela casou e me teve cedinho, com 16 anos. Meus
pais se conheceram em uma festa qualquer, ao som dos Mamonas Assassinas. Eles
eram festeiros, loucos, se divertiam e nessas diversões eu fui feita. Aí baixou
o santo da responsabilidade no meu pai e como diz a mamãe, ele "virou um
chato". Ele se tornou o dono na empresa do meu avô e se tornou um cara de
terno e gravata e sobrou pra mamãe estudar e se preparar para abrir a sua
galeria de arte. Ela se formou e abriu a tão sonhada Galeria do Passado. Foi
nesse tempo que ela se dedicava à sua galeria que o papai se dedicava ao
trabalho e acabou conhecendo uma política qualquer e se apaixonou por ela.
Óbvio que a mãe reparou e resolveu pedir divórcio, já que o lema da vida dela
era: Felicidade acima de tudo.
Ela pediu divórcio, os dois se separaram numa boa e eu também não vi problemas na situação.
Foi depois dessa separação que eu conheci uma nova Lisandra: uma eterna adolescente. Estou saindo pra ir pra balada e ela aparece, toda produzida no paetês, como ela mesma disse.
-Filhota, mamãe vai ir à night com você, tá gostosa? Mamãe quer ver se ela ainda tá com tudo em cima e se ela ainda tem chance com os gatos desse Brasil.
-Claro mãe, vamos lá.
Eu fui dirigindo e pensando o quanto minha mãe era linda. Ela ainda tinha um andar jovem, ainda tinha um corpão e ainda chamava a atenção dos homens. Impressionante que eu não percebia tudo isso antes do divórcio dela e do papai.
Chegamos à balada, entramos, ela pegou uma bebida e eu uma água, já que eu iria dirigir depois. Encontrei umas amigas e elas se surpreenderam ao ver a minha mãe lá, mas logo a presença dela se tornou incrível. Ter a minha mãe numa balada comigo era incrível. ERA. Até o momento que os caras começaram a vir em mim e irem nela. Uma sentia mais ciúmes da outra, impressionante, mas acabamos não ficando com ninguém.
Já era 4 horas da manhã e eu disse:
-Mãezinha, vamos?
-Não não bebê, a mamãe vai ficar mais um pouquinho. Eu tenho dinheiro, eu pego um táxi, pode deixar.
Me despedi e levei minhas amigas pra casa e ao chegar a casa fui dormir.
Quando acordei (já era quase 13h30min) a mãe e mais um cara que eu não sei quem é, estavam na cozinha preparando o almoço.
-Bom dia gostosa da mamãe! Dormiu mais que eu, hein? Esse é o Lulu. Lulu, essa é a Bia
-Tudo bem gata?
-Tudo e contigo?
-To de boa.
Eu estava no mínimo assustada. Cara, minha mãe, de 39 anos arranjou um cara de 25. Desde quando essa mulher é tão boa assim? Eu estava, no mínimo, paralisada. Mas até que o cara era legal, tinha um papo interessante, eu o curti. Ele almoçou com a gente e foi embora.
Quando ele saiu, mamãe contou:
-Filhota, você não vai acreditar. Eu tava dançando muito, inclusive na hora que você saiu. Aí vieram uns caras muito loucos dando em cima de mim e tentaram mexer comigo, aí eu pensei: "iiih, essa festa tá virando baixaria, vou me mandar". Aí estava eu parada esperando um táxi e os caras começaram a vir. Aí o Lulu me ofereceu carona e eu bem louca aceitei. Aí ele me trouxe, mas eu não ia deixar o menino voltar pra casa tão tarde, aí ele dormiu no sofá.
Eu tava de boca aberta. Minha mãe era louca de deixar um cara que ela nem conhecia dormir aqui em casa, mas o jeito divertido dela, a mania de falar "aí" e as informações que ela deu sobre o cara me fez simplesmente rir e deixar passar. Então, ela disse:
-Filha, ele nos convidou pra ir num barzinho hoje, vamos?
Eu não ia dizer não pra ela. Aceitei e, conforme o combinado, estávamos no barzinho às 20 horas. Ele chegou, nos cumprimentou e começamos a conversar. Porém, a maquiagem da mamãe não disfarçava o sono dela. Ela disse então que iria ir embora, pois era velha e queria ir pra casa ver a novela, botar o seu pijama rosa e dormir, e foi isso que ela fez.
Eu e o Lulu conversamos um monte, contamos sobre as nossas vidas, sobre os nossos gostos, sobre as pessoas que nos relacionávamos e mais um monte de coisas. E assim foi, combinamos de sair mais vezes e os encontros foram acontecendo.
Depois de uns dois meses começamos a namorar. Depois de um ano eu estava noiva. Depois de um ano e meio eu estava casada. E tudo isso graças à minha mãe (e graças a Deus que me deu uma mãe maravilhosa). E ela? Ela continua saindo e agora faz viagens pelo mundo, fazendo muitas amigas e pegando muitos garotões.
Ela pediu divórcio, os dois se separaram numa boa e eu também não vi problemas na situação.
Foi depois dessa separação que eu conheci uma nova Lisandra: uma eterna adolescente. Estou saindo pra ir pra balada e ela aparece, toda produzida no paetês, como ela mesma disse.
-Filhota, mamãe vai ir à night com você, tá gostosa? Mamãe quer ver se ela ainda tá com tudo em cima e se ela ainda tem chance com os gatos desse Brasil.
-Claro mãe, vamos lá.
Eu fui dirigindo e pensando o quanto minha mãe era linda. Ela ainda tinha um andar jovem, ainda tinha um corpão e ainda chamava a atenção dos homens. Impressionante que eu não percebia tudo isso antes do divórcio dela e do papai.
Chegamos à balada, entramos, ela pegou uma bebida e eu uma água, já que eu iria dirigir depois. Encontrei umas amigas e elas se surpreenderam ao ver a minha mãe lá, mas logo a presença dela se tornou incrível. Ter a minha mãe numa balada comigo era incrível. ERA. Até o momento que os caras começaram a vir em mim e irem nela. Uma sentia mais ciúmes da outra, impressionante, mas acabamos não ficando com ninguém.
Já era 4 horas da manhã e eu disse:
-Mãezinha, vamos?
-Não não bebê, a mamãe vai ficar mais um pouquinho. Eu tenho dinheiro, eu pego um táxi, pode deixar.
Me despedi e levei minhas amigas pra casa e ao chegar a casa fui dormir.
Quando acordei (já era quase 13h30min) a mãe e mais um cara que eu não sei quem é, estavam na cozinha preparando o almoço.
-Bom dia gostosa da mamãe! Dormiu mais que eu, hein? Esse é o Lulu. Lulu, essa é a Bia
-Tudo bem gata?
-Tudo e contigo?
-To de boa.
Eu estava no mínimo assustada. Cara, minha mãe, de 39 anos arranjou um cara de 25. Desde quando essa mulher é tão boa assim? Eu estava, no mínimo, paralisada. Mas até que o cara era legal, tinha um papo interessante, eu o curti. Ele almoçou com a gente e foi embora.
Quando ele saiu, mamãe contou:
-Filhota, você não vai acreditar. Eu tava dançando muito, inclusive na hora que você saiu. Aí vieram uns caras muito loucos dando em cima de mim e tentaram mexer comigo, aí eu pensei: "iiih, essa festa tá virando baixaria, vou me mandar". Aí estava eu parada esperando um táxi e os caras começaram a vir. Aí o Lulu me ofereceu carona e eu bem louca aceitei. Aí ele me trouxe, mas eu não ia deixar o menino voltar pra casa tão tarde, aí ele dormiu no sofá.
Eu tava de boca aberta. Minha mãe era louca de deixar um cara que ela nem conhecia dormir aqui em casa, mas o jeito divertido dela, a mania de falar "aí" e as informações que ela deu sobre o cara me fez simplesmente rir e deixar passar. Então, ela disse:
-Filha, ele nos convidou pra ir num barzinho hoje, vamos?
Eu não ia dizer não pra ela. Aceitei e, conforme o combinado, estávamos no barzinho às 20 horas. Ele chegou, nos cumprimentou e começamos a conversar. Porém, a maquiagem da mamãe não disfarçava o sono dela. Ela disse então que iria ir embora, pois era velha e queria ir pra casa ver a novela, botar o seu pijama rosa e dormir, e foi isso que ela fez.
Eu e o Lulu conversamos um monte, contamos sobre as nossas vidas, sobre os nossos gostos, sobre as pessoas que nos relacionávamos e mais um monte de coisas. E assim foi, combinamos de sair mais vezes e os encontros foram acontecendo.
Depois de uns dois meses começamos a namorar. Depois de um ano eu estava noiva. Depois de um ano e meio eu estava casada. E tudo isso graças à minha mãe (e graças a Deus que me deu uma mãe maravilhosa). E ela? Ela continua saindo e agora faz viagens pelo mundo, fazendo muitas amigas e pegando muitos garotões.
Contos sobre Mães: A mãe que criou a filha da assassina
Ela começou a sentir as
contrações, Mirella queria nascer. O marido pegou as coisas do bebê, as chaves
do carro e saíram em disparada em direção ao hospital. Chegaram e Andressa teve
a filha Mirella às 14h53min do dia 20 de agosto de 2005. Logo após o
nascimento, a nova mamãe foi levada para o quarto e o bebê para a incubadora,
já que a pequena nasceu de um parto prematuro.
João Carlos, pai da menina fez as ligações anunciando o nascimento de sua terceira filha (a primeira era fruto do casamento com sua ex-mulher a segunda de uma "pulada de cerca" do homem). Ele ligava pessoas, enfermeiros, médicos passavam até que passa uma pessoa que o fez ficar incomodado. A enfermeira para e pergunta:
-Oh, nasceu a sua terceira filha Senhor Carlos?
-Maria, para de provocação! Já falei que não é pra gente ficar se cruzando por aí. Eu to pagando a pensão da Bruna, não me irrita!
-Nossa, que deselegância. É um dia feliz, pra que tanto estresse? Mas que pena que ela está na incubadora, né? A Bru não nasceu saudável. Olha, é coisa da família da tua mulherzinha.
A enfermeira é ex-amante de João. A relação deles aconteceu quando a sogra dele estava internada no hospital e, nas madrugadas, ele era o responsável de ficar com a senhora, mas em vez disso, se encontrava com a enfermeira Maria no banheiro do quarto da senhora, o que acabou fazendo Maria engravidar.
Maria era ciumenta, não suportava saber que não tinha o homem que tanto amava casado com outra. Mais ainda, odiava saber que a filha dela não era reconhecida legalmente, mesmo João Carlos pagando a pensão. Para Maria, não era suficiente, ela não suportava saber que o homem desistira dela e se dedicara totalmente à esposa. Ela queria vingança.
Ao ser mandada por João Carlos, ela seguiu caminho ao local onde ficavam as incubadoras. Ela olhou bem, cuidou para ver ser não havia ninguém na sala e agiu. Ela pegou Mirella no colo e a levou para o berçário do hospital, como se ela fosse um bebê comum. Não demorou muito para a recém-nascida vir a falecer. Então, Maria seguiu o seu caminho e João Carlos pediu a outra enfermeira que o levasse até a UTI neonatal para ver a sua filha de longe. Ao chegar lá, teve uma surpresa: ela não estava lá e ele falou isto à enfermeira. Ela entrou e conferiu: o berço da menininha estava vazio. Em pouco tempo, os seguranças do hospital foram conferir as câmeras de segurança. Lá estava Maria carregando a pequena Mirella para o berçário. Ao chegar lá, ela estava morta.
A polícia foi chamada e começaram a procurar pela enfermeira. João Carlos não se importou, foi ao quarto da esposa, que esperava ansiosamente por notícias da filha, para contá-la o ocorrido:
-Como está a Mirella, amor? Ela está bem?
-Amor, eu preciso que você me escute. É muito triste dizer isso. É que a Mirella não resistiu...
-COMO ASSIM ELA NÃO RESISTIU??? O médico disse que ela ficaria bem logo!!!!
-Ela estava bem, mas... Amor, lembra da Maria?
-Maria? Aquela tua ex-amante? Sim, infelizmente eu me lembro dela. Mas o que ela tem com isso?
-Ela é enfermeira daqui. Ela pegou a nossa filha e tirou ela da UTI. Por isso a Mirella não resistiu.
O choro daquela mãe era desesperado. Nos pensamentos dela só havia a filha. Ela imaginava a sua pequena crescendo, se tornando uma mulher e futuramente sendo mãe também.
Os pensamentos dela foram interrompidos pelos gritos da enfermeira assassina sendo presa.
Logo, uma ideia talvez sem sentido, mas que aquela mãe queria muito passou pela sua cabeça:
-Amor, como vai ficar a Bruna?
-Ah, é verdade, a Bruna... Meu Deus, eu não sei!
-Traz ela pra morar com a gente. Eu crio ela como se fosse minha filha. Ela não tem culpa. Ela não deve pagar pelos teus erros e pelos erros da mãe dela.
João Carlos, perplexo, só disse que se era isso que ela queria, era isso que seria feito.
O tempo passou, a Bruna cresceu chamando a madrasta de mãe. Maria, quando saiu da prisão e soube que a filha estava sendo criada pela sua "inimiga" entrou em depressão e, por falta de alimentação, higiene e cuidados com a saúde veio a falecer.
A família hoje é feliz. Eles não se esqueceram de tudo o que passaram, mas se adaptaram a sua história.
João Carlos, pai da menina fez as ligações anunciando o nascimento de sua terceira filha (a primeira era fruto do casamento com sua ex-mulher a segunda de uma "pulada de cerca" do homem). Ele ligava pessoas, enfermeiros, médicos passavam até que passa uma pessoa que o fez ficar incomodado. A enfermeira para e pergunta:
-Oh, nasceu a sua terceira filha Senhor Carlos?
-Maria, para de provocação! Já falei que não é pra gente ficar se cruzando por aí. Eu to pagando a pensão da Bruna, não me irrita!
-Nossa, que deselegância. É um dia feliz, pra que tanto estresse? Mas que pena que ela está na incubadora, né? A Bru não nasceu saudável. Olha, é coisa da família da tua mulherzinha.
A enfermeira é ex-amante de João. A relação deles aconteceu quando a sogra dele estava internada no hospital e, nas madrugadas, ele era o responsável de ficar com a senhora, mas em vez disso, se encontrava com a enfermeira Maria no banheiro do quarto da senhora, o que acabou fazendo Maria engravidar.
Maria era ciumenta, não suportava saber que não tinha o homem que tanto amava casado com outra. Mais ainda, odiava saber que a filha dela não era reconhecida legalmente, mesmo João Carlos pagando a pensão. Para Maria, não era suficiente, ela não suportava saber que o homem desistira dela e se dedicara totalmente à esposa. Ela queria vingança.
Ao ser mandada por João Carlos, ela seguiu caminho ao local onde ficavam as incubadoras. Ela olhou bem, cuidou para ver ser não havia ninguém na sala e agiu. Ela pegou Mirella no colo e a levou para o berçário do hospital, como se ela fosse um bebê comum. Não demorou muito para a recém-nascida vir a falecer. Então, Maria seguiu o seu caminho e João Carlos pediu a outra enfermeira que o levasse até a UTI neonatal para ver a sua filha de longe. Ao chegar lá, teve uma surpresa: ela não estava lá e ele falou isto à enfermeira. Ela entrou e conferiu: o berço da menininha estava vazio. Em pouco tempo, os seguranças do hospital foram conferir as câmeras de segurança. Lá estava Maria carregando a pequena Mirella para o berçário. Ao chegar lá, ela estava morta.
A polícia foi chamada e começaram a procurar pela enfermeira. João Carlos não se importou, foi ao quarto da esposa, que esperava ansiosamente por notícias da filha, para contá-la o ocorrido:
-Como está a Mirella, amor? Ela está bem?
-Amor, eu preciso que você me escute. É muito triste dizer isso. É que a Mirella não resistiu...
-COMO ASSIM ELA NÃO RESISTIU??? O médico disse que ela ficaria bem logo!!!!
-Ela estava bem, mas... Amor, lembra da Maria?
-Maria? Aquela tua ex-amante? Sim, infelizmente eu me lembro dela. Mas o que ela tem com isso?
-Ela é enfermeira daqui. Ela pegou a nossa filha e tirou ela da UTI. Por isso a Mirella não resistiu.
O choro daquela mãe era desesperado. Nos pensamentos dela só havia a filha. Ela imaginava a sua pequena crescendo, se tornando uma mulher e futuramente sendo mãe também.
Os pensamentos dela foram interrompidos pelos gritos da enfermeira assassina sendo presa.
Logo, uma ideia talvez sem sentido, mas que aquela mãe queria muito passou pela sua cabeça:
-Amor, como vai ficar a Bruna?
-Ah, é verdade, a Bruna... Meu Deus, eu não sei!
-Traz ela pra morar com a gente. Eu crio ela como se fosse minha filha. Ela não tem culpa. Ela não deve pagar pelos teus erros e pelos erros da mãe dela.
João Carlos, perplexo, só disse que se era isso que ela queria, era isso que seria feito.
O tempo passou, a Bruna cresceu chamando a madrasta de mãe. Maria, quando saiu da prisão e soube que a filha estava sendo criada pela sua "inimiga" entrou em depressão e, por falta de alimentação, higiene e cuidados com a saúde veio a falecer.
A família hoje é feliz. Eles não se esqueceram de tudo o que passaram, mas se adaptaram a sua história.
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